A ostra gigante
Oriunda do Japão, a ostra gigante foi introduzida na Europa na década de 1970, depois do desaparecimento da ostra portuguesa (Crassostrea angulata), dizimada por várias doenças sucessivas. Graças ao seu crescimento rápido e à sua grande capacidade de adaptação a diferentes meios, a ostra gigante é actualmente a ostra mais cultivada a nível mundial, nomeadamente na Europa. A outra espécie de ostra criada na Europa ostra plana (Ostrea edulis) ainda está longe de ter recuperado o seu anterior nível de produção depois de ter sido vítima de duas epizootias nas décadas de 1920 e de 1980.
Nome científico – Crassostrea gigas
Produção (UE-27) – 142 000 t (2007), 4ª posição na produção mundial.
Valor (UE-27) – –295 milhões de euros (2007).
Principais países produtores da UE – França (1º produtor europeu e 4º a nível mundial), Irlanda, Espanha, Portugal.
Principais países produtores a nível mundial (fora da Europa) – China, Coreia do Sul, Japão.
Grande parte do abastecimento mundial provém da captação de sementes (larvas de ostra) no meio natural.
No Verão, a ostra põe larvas em grande quantidade. Essas larvas erram ao sabor das correntes em busca de uma local para se fixarem.
A cultura de ostras processa-se de acordo com quatro métodos principais, em função do ambiente (amplitude das marés, profundidade da água...) e das tradições.
• A cultura em sobreelevação: as ostras são colocadas no mar dentro de bolsas fixadas em placas assentes na zona de maré, no solo.
• A cultura horizontal: as ostras são colocadas directamente no solo, na zona de maré.
• A cultura em águas profundas ou a criação em receptáculos: as ostras são semeadas em parques que podem atingir os 10 m de profundidade.
• A cultura em estruturas flutuantes: as ostras são criadas em cordas, à semelhança do mexilhão, o que permite uma criação ao largo. O facto de estarem permanentemente submersas contribui para que cresçam de forma mais rápida. Este método é mais apropriado para culturas em zonas sem marés ou ao largo.
Em algumas bacias de produção, as ostras podem ser afinadas com vista a conferir qualidades específicas à sua carne.
As ostras são introduzidas em bancos, bacias argilosas de pouca profundidade e alimentadas naturalmente com água do mar, onde desenvolvem uma carne esverdeada devido à presença de uma alga específica, a navícula azul. Podem ainda ser colocadas em parques de afinação em zonas de maré, onde adquirirão uma carne consistente e branca. No caso das culturas criadas em águas profundas, é utilizada uma técnica adicional que consiste em colocar as ostras em parques que ficam regularmente fora de água, de forma a obrigar as ostras a manter a sua concha fechada.
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