A Associação:
O Corpo Nacional de Escutas (CNE) é a maior Organização de Juventude de Portugal
O CNE – Escutismo Católico Português é uma Instituição reconhecida de Utilidade Pública pelo Governo, conforme publicação no Diário de República nº 177, III série , de 3 de Agosto de 1983.
O CNE é uma associação de juventude sem fins lucrativos, não-política e não-governamental, destinada à formação integral de jovens, com base no método criado por Baden Powell e no voluntariado dos seus membros.
O CNE está implementado em cerca de 1.100 agrupamentos locais em todos os concelhos do território continental e regiões autónomas dos Açores e da Madeira, dispondo de uma rede de animação e coordenação territorial apoiada em meia centena de estruturas de núcleo e regionais, tendo como executivo nacional a Junta Central, que assegura a gestão e a implementação das políticas gerais e sectoriais do CNE.
Um Movimento da Igreja Católica
A dimensão espiritual e a formação cristã
O CNE é um movimento da Igreja Católica. Assim, está ciente das responsabilidades que lhe advêm desse facto, bem como daquelas que a Hierarquia e o restante Povo de Deus têm para com a Associação.
A Animação da Fé, característica do Escutismo do CNE, é feita naturalmente através do jogo escutista, vivido à luz de Jesus e do Evangelho, procurando contribuir para a formação humana e cristã dos seus associados, pelo testemunho da vida em comunhão eclesial.
Fonte: http://www.cne-escutismo.pt
A História do Agrupamento 233 Estarreja:
1 - E assim nascia uma nova estrutura ligada ao CNE – Escutismo Católico Português
Estávamos sensivelmente a meio da década de sessenta do século XX. Um jovem, oriundo de Calvão – Vagos, era ordenado sacerdote e colocado na paróquia de S. Tiago de Beduído para auxiliar o Pároco, P. António Martins Belém. O seu nome era João, P. João Mónica da Rocha. Pessoa simples e humilde, mas com uma visão larga e com uma grande capacidade de diálogo, particularmente com a juventude.
E, à sua chegada a Estarreja e a esta paróquia, reparou que os jovens passavam o seu tempo em grupo de amigos, em locais diversos, mas muitos deles a jogar futebol à volta da igreja. E começou a interpelá-los.
Um após outro foi-se juntando para conversar e, dessas conversas, nasceu a necessidade de se organizar um grupo que reflecti-se e agisse em ordem ao bem comum.
E decidiu-se, entre outros grupos, pela fundação de um Grupo de Escuteiros. Assim, com um punhado de jovens, enquadrados por alguns adultos, arrancou com aquilo que hoje é o Agrupamento 233 do Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português. E era a Ordem de Serviço Nacional nº 262, de 6 de Março de 1967 que dava corpo ao novo Agrupamento, com efeitos a 13.11.1966, e com os seguintes Dirigentes:
a) -Joaquim Arnaldo Silva Mendonça - Chefe do Agrupamento;
b) - P. António Martins Belém – Assistente do Agrupamento;
c) - Nuno Luís Silva Morujão - Chefe do Agrupamento Adjunto;
d) - P. João Mónica Rocha - Secretário do Agrupamento e Chefe de Grupo;
e) - Carlos Manuel Castro Caldas - Secretário do Agrupamento Adjunto;
f) - António Marques Silva – Instrutor.
Escolhido o patrono, S. Tiago, ao Agrupamento foi atribuído o número de ordem nacional 233 e, em 1966/67 o Grupo nº 8 (número de ordem regional), cujo patrono escolhido foi S. António.
Sabe-se, por relatos vários, que este movimento foi bastante importante para os jovens da paróquia, tendo os mesmos participado em várias actividades locais, regionais e nacionais, aproveitado a educação proporcionada em ordem a uma formação integral das suas personalidades. Pena é que poucos registos existam para se poder conhecer toda a extensão dos benefícios e dos beneficiários.
Dos registos existentes é possível, contudo, destacar alguns factos importantes. Assim:
a) - Logo no ano seguinte ao da sua fundação, em 1967/68 a participação, com 16 rapazes, no VII Acampamento Regional, realizado em Passô, Sever do Vouga; ainda a participação, com 7 rapazes, no XIII Acampamento Nacional, realizado nas matas nacionais da Serra de S. Mamede, e onde estiveram presentes cerca de 2000 escuteiros “dos quatro cantos de Portugal espalhado pelo mundo” e representações de Espanha, Polónia, Estados Unidos, Alemanha, Grécia e Inglaterra;
b) - Em 1968/69 deu-se a fundação, com promessas em 31 de Maio de 1969, da 1ª Secção, os Lobitos. Fizeram promessa 18 Lobitos e 7 “Akelàs”. Registada ainda a participação no VIII Acampamento Regional, em Serra d’Arca, Caramulo, com duas patrulhas, Falcão e Raposa, de 16 a 23 da Agosto de 1969;
c) - Em 1969/70 realização e participação no Acampamento Regional de Lobitos, em Estarreja, de 24 a 26 de Julho de 1970;
d) - Em 1970/71 colaboração, juntamente com a Secção de Atletismo do C.D.E. e com a J.O.C. (Juventude Operária Católica), de Estarreja, na organização do Torneio da Primavera, em Atletismo, que se realizou em 4 de Abril de 1971;
e) - Em 1972/73 participação, com 21 rapazes, divididos pelas patrulhas Falcão, Castor e Veado, no Acampamento Nacional comemorativo dos 50 anos do CNE em Portugal, que se realizou na mata de Marrazes, Leiria, de 18 a 26 de Agosto de 1973;
f) - Em 1973/74 organização das comemorações do Dia de S. Jorge, a nível Regional, realizado em Estarreja, em 27 e 28 de Abril de 1974.
2 - Mas... nem tudo correu como seria desejável
A falta de Dirigentes adultos aliada a várias mudanças havidas na direcção do Agrupamento, agravadas, ainda, com convulsões várias motivadas pelo 25 de Abril, levaram à interrupção da actividade regular do mesmo, em 1975, apesar de ainda, durante algum tempo, ter havido alguma actividade pontual.
3 - A “travessia do deserto”
Durante cerca de duas décadas o movimento criado por Baden Powel esteve arredado da nossa paróquia. Houve, contudo, o espírito que não morreu e, em 1995, um grupo de 5 adultos comprometidos com a paróquia, convidados pelo seu pároco, decidia aceitar o desafio de preparar a difícil tarefa de reconstruir o edifício que ruíra de forma comprometedora.