Skip to content

I Dia de São Jorge [São Jorge - Açores] Cache In Trash Out Event

This cache has been archived.
Hidden : Tuesday, April 23, 2013
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   not chosen (not chosen)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:

Programa


14h - Introdução ao Geocaching
15h - Geocaching e os eventos CITO
16h - Geocaching Vila das Velas
19h - Balanço do Evento



História



A história da ilha de São Jorge está envolta em mistério. A primeira referência data de 1439, numa carta em que o rei D. Afonso V autoriza o Infante D. Henrique a mandar povoar as sete ilhas dos Açores, mas ela já figura num mapa catalão de 1375 com a designação de San Zorze, alusivo ao dia provável do seu descobrimento, 23 de Abril. Certo é que ela foi a quarta a ser (re)descoberta, tendo sido doada em 1483 ao então capitão de Angra do Heroísmo, João Vaz Corte Real, assim se constituindo a 4ª capitania dos Açores, com sede em Velas. Outro aspecto em que os historiadores coincidem é no facto de o povoamento ter sido iniciado na segunda metade do século XV, quando um dos seus primeiros povoadores, o flamengo Wihelm van der Haagen (Guilherme da Silveira) aí chegou trazendo numerosa família e gente de diversas profissões, fundando um povoado no zona do Topo, onde se fixou a partir de 1480. Contrariamente ao verificado nas restantes ilhas, o povoamento de São Jorge não privilegiou as zonas do litoral. As características morfológicas da ilha ditaram a criação de povoados em lugares acima dos 400 metros. A costa sul, apresentando zonas mais planas, de menor altitude e com mais fácil acesso ao mar, foi escolhida pelos primeiros povoadores, tendo levado ao estabelecimento de núcleos habitacionais no Topo, nas Velas e na Calheta. A partir desses locais, o povoamento de São Jorge progrediu gerando variações na ocupação do território, consoante a morfologia dos locais. Nas zonas de maior altitude, evidencia-se um modelo de ocupação do território perfeitamente linear, de que a freguesia dos Rosais constitui o melhor exemplo; na parte oriental da ilha, e sempre que as condições do terreno o exigiam, o povoamento foi mais disperso.
As Velas foram elevadas a Vila, em 1500, o Topo em 1510 e a Calheta, em 1534. Os principais pilares económicos foram a produção de uvas, trigo, pastel e urzela. Os dois últimos produtos foram exportados para a Flandres e para outros países europeus para uso em tinturaria. A crise dinástica, provocada quando Filipe II de Espanha ocupou o trono português, teve os seus reflexos em São Jorge, que, à semelhança da ilha Terceira, tomou o partido do pretendente D. António, Prior do Crato. Na verdade, São Jorge só capitulou perante os espanhóis após a queda da Terceira, em 1583. Esta ilha conheceu um isolamento secular, atribuído ao abrigo precário que os seus portos ofereciam aos navios e à sua reduzida importância económica. Mesmo assim, foi alvo de ataques de corsários ingleses e franceses, turcos e mouros. Por volta de 1610, foi tentada uma invasão inglesa, contrariada por Manuel de Azevedo, Tomé Gregório e Simão Gato. Este último tomou aos ingleses uma bandeira que arvorou orgulhosamente, tendo o feito sido premiado com a criação da capitania da Calheta, local onde tinha havido o confronto, e Manuel de Azevedo nomeado para o cargo de capitão-mor. No século XVIII, o corsário francês Duguay-Trouin atacou a vila das Velas a 19 de Setembro de 1708, com uma frota de 11 barcos, tendo entrado nela no dia seguinte. Os franceses permaneceram na vila cinco dias, saqueando as igrejas e casas. Foi depois desta invasão que se construiu o castelo da Eira, conhecido como Castelinho, para defender a parte por onde houve o desembarque. Outras calamidades também afectaram a ilha, como as erupções vulcânicas de 1580 e de 1808, as inundações em 1588, 1606, 1713, 1732, 1842, 1856, a escassez de alimentos e fome em maus anos de colheita (1593, 1647, 1678, 1713, 1812, 1846-47, 1857, 1858, 1859, 1877, 1893-94), bem como terramotos (1757, 1964 e 1980) e o ciclone de 1899. O isolamento acabou por ser superado pelos trabalhos realizados nos dois principais portos da ilha: Velas e Calheta, bem como pela construção de um aeroporto. Estas obras públicas abriram novos horizontes de prosperidade e progresso para São Jorge, que conta com uma utilização mais eficiente dos seus recursos naturais e com a expansão da pecuária, a indústria de lacticínios, pesca e indústria conserveira.

Additional Hints (No hints available.)