Certo dia, três amigos haviam decidido partir para uma aventura, passeando por onde nunca tinham ido. Dois deles, começaram desde logo a se preparar e a imaginar o que poderiam encontrar e o como iria ser gratificante esta aventura com os amigos. O outro, era o mais desleixado pelo que, os amigos tiveram que insistir com ele para que se despachasse a preparar as suas coisas e lá partiram…
Pelo caminho, os mais imaginativos, falavam do que poderia vir a ser esta aventura, falavam em superar obstáculos, conviverem longe de tudo e de todos em contacto com a natureza enquanto o mais desleixado, ia calado e pensativo…talvez por ser o menos valente dos amigos.
Chegaram a certa altura, onde já se deslocavam a pé, e deparam-se com uma densa floresta. A sua frente, tinham quatro caminhos e tinham que decidir por qual iriam seguir. O amigo menos valente, queria voltar para trás e circundar a floresta, mas os amigos estavam pela aventura não iriam escolher esse caminho.
Entraram na floresta, e seguiam o caminho escolhido. As árvores eram enormes e com muitas folhas e ramos que os amigos ao olharem para cima, mal viam a luz do sol, a floresta era escura e com o vento a soprar e a movimentar todos aqueles ramos e folhas…o amigo menos valente já não estava a gostar muito da aventura.
Sentaram-se os três numa rocha, havia chegada a hora de comer algo. O mais desleixado, ao abrir a sua mochila, deixou cair três laranjas, havia levado para ele e cada amigo. Os outros dois amigos também partilharam comida com o menos valente, até que ficaram apenas com uma pequena quantidade de que já não iria chegar para toda a aventura. Arrumaram tudo e seguiram viagem até que chegaram ao leito de um rio onde viram oportunidade de arranjar comida para a restante viagem.
Decidiram tentar a sorte na pesca. Sendo um local pouco visitado, os peixes não eram assustados, pelo contrário eram curiosos brindando assim os companheiros de aventura com uma bela pescaria, no total, os amigos pescaram dezasseis belos peixes que guardaram nas mochilas e seguiram a sua viagem com comida suficiente para os todos.
Avançavam na escura floresta, e depararam-se com quatro enormes pedras no meio do caminho mas logo arranjaram forma de ultrapassar este obstáculo. O mais ágil, subiu a rocha içando as mochilas e depois ajudou os amigos, puxando-os pela mão e lá puderam seguir viagem.
Mais á frente, por entre todas aquelas árvores, podiam ver uma luz intensa, pensavam 
que já estavam a sair da floresta mas ao chegar mais perto, viram tratar-se de uma área sem arvores, por onde a luz entrava na floresta ajudando assim a dar vida ao que tinham diante deles, cinco belas arvores carregadas com um fruto que não conheciam.
Provaram e era delicioso, não tardaram a colocar alguns nas mochilas e continuaram a sua viagem. Em poucas horas de caminhada, voltaram a sair da floresta. Foi altura de procurarem um local abrigado e fazer uma fogueira, havia chegado a hora de jantar…
O menos valente, não quis ficar encarregue de ir buscar lenha para a fogueira, ainda estava apavorado pela travessia da densa e escura floresta, ficou sentado e retirou da sua mochila os cinco peixes que trazia e começou a prepara-los. Fogueira feita, peixes preparados e lá cozinharam e comeram ficando satisfeitos, os amigos contavam ainda com a fruta como sobremesa. Seguiram viagem e não tardaram a encontrar uma estrada e seguiam por ela já exaustos, sem água, apenas com os peixes restantes e alguma fruta. Encontraram uma senhora e trocaram seis peixes por água e outros cinco peixes por pão. Saciaram a sua sede e comeram o pão caseiro feito pela senhora e regressaram a casa.
Os amigos partilharam momentos de convivo, alegria e aventura, que já falam em repetir, o mais desleixado, menos valente, diz logo que não quer aventuras por florestas escuras.
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