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Raça Bovina Mirandesa Mystery Cache

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Hidden : 1/19/2013
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:

As diferentes raças autóctones de bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equinos são o resultado da evolução dos animais de determinadas espécies no sentido de se adaptarem aos meios onde vivem. Quando uma população vive durante muitas gerações sob as mesmas condições ambientais consegue um elevado grau de adaptação e uniformidade, desenvolvendo-se melhor nestas condições que outras raças que provenham de outras regiões.


Há quem considere a raça mirandesa descendente da raça fusca do planalto superior castelhano (TIERNO, 1904), fazendo parte do tronco ibérico de um conjunto de raças europeias que abrangeria um conjunto de raças afins de Portugal e Espanha mas também de França e Itália (VALLE, 1907) todas elas com a característica principal de serem unicolores castanhas, pelo que vulgarmente se designam como pertencentes ao tronco castanho. O representante fóssil d3sta seria o Bos taurus primigenius, parentesco que não é partilhado por LIMA PEREIRA (1976) que considera a população de bovinos mirandeses "um núcleo fortemente heterogéneo quanto à sua origem por resultar do cruzamento do tronco Bos taurus brachyceros com o tronco Bos taurus primigenius, podendo ainda hoje verificar-se esta diversidade feno-genotipica". Desde 1865 que se realizam concursos pecuários da raça, que passaram a ser apoiados pelo governo com base no Decreto-lei nº 119 de 26 de Maio. O RZ nos bovinos de raça Mirandesa iniciou-se em 1913 abrangendo os animais desta raça que eram explorados nas aldeias vizinhas ao Posto Zootécnico de Miranda do Douro. Em 1959 a Portaria nº 17132 de 22 de Abril instituiu o Livro Genealógico dos bovinos de raça Mirandesa em conformidade com o Decreto nº 41109 de 14 de Maio de 1957, que regulamenta os serviços de reprodução animal e registo genealógico e contrastes.


Características Morfológicas De acordo com vários autores as principais características morfológicas são as seguintes: Cabeça: nuca larga, levantada e proeminente. Poupa notavelmente espessa e comprida, recobrindo a base dos paus e sempre de cor ruiva. Chifres brancos com extremos afuscados, delgados de pequena envergadura, acabanados e de pontas reviradas para cima e para fora, ficando estas em nível pouco superior ao topete. Orelhas revestidas no interior com compridos e abundantes pelos ruivos. Fonte sub-côncava; olhos aflorados. Cabeça de olhos abaixo, breve, larga e seca; cana do nariz direita e focinho muito curto, negro e superiormente marginado por uma larga orla de pêlos sempre brancos. Pescoço: curto, grosso com barbela que, pelo menos nos touros, s2 insere logo sob o beiço inferior e vem até aos joelhos, entre os quais pende. Tronco: costado redondo. Cernelha baixa. Espinhaço direito, com risca ruiva ou esbranquiçada. Garupa abaulada. Cauda levantada, curta e bem fornecida. Sistema mamário: bem inserido e desenvolvido, com tetos bem implantados de dimensão média. A produção de leite excede frequentemente a capacidade de ingestão dos vitelos durante o primeiro mês de vida mas estes esgotam-na nos meses seguintes até ao desmame. Extremidades e aprumos: membros curtos e delgados abaixo do joelho e curvilhão; os posteriores direitos e os anteriores com joelhos desviados para dentro. Coxa convexa. Cor: castanha retinta no touro, castanha mais ou menos escura, com tendência centrífuga dos aglomerados pigmentados, nos bois e vacas. Formato: são animais harmoniosos, com temperamento vivo mas dócil, de tamanho grande e formato compacto, do tipo respiratório (predomínio do perímetro torácico em detrimento do perímetro abdominal).

Características Reprodutivas As vacas de raça mirandesa possuem um notável instinto maternal, cuidando e garantindo a segurança dos seus vitelos de predadores como o lobo. Entre as 4956 vacas que o Livro Genealógico controla actualmente, 38% das vacas com mais de 6 partos registados apresentam um intervalo médio entre partos inferior a 365 dias. 71% das vacas com um mínimo de três partos registados apresentam intervalos médios entre partos inferiores a 384 dias. Independentemente do sistema de produção pra7icado, tradicional ou extensivo, os partos nas vacas de raça mirandesa distribuem-se normalmente ao longo do ano; As vacas de raça mirandesa apresentam, de forma geral, boa capacidade para acumular e mobilizar reservas corporais. Normalmente, as vacas que criam melhor os vitelos, são as que apresentam maior capacidade de mobilização de reservas corporais. Nestes casos, as flutuações de peso ao longo do ano, sem prejuízo da capacidade reprodutiva ou produtiva chega a ser de 6% do peso vivo médio. A mortalidade em vitelos ocorre normalmente até aos 3 dias de vida e representa 2,4%. A idades superiores a mortalidade está frequentemente associada à ingestão de corpos estranhos. A longevidade produtiva é elevada, em média 15 anos. O número de vacas com idade superior a 10 anos é de 42%. Tradicionalmente os criadores efectuam a selecção das reprodutoras entre o 1º e 2º partos. A idade ao primeiro parto varia em função do sistema de recria a que as n8vilhas estiveram sujeitas. Assim, em sistemas tradicionais, onde o maneio alimentar das novilhas é mais cuidado, com crescimentos durante a recria superiores, é normal o primeiro parto ocorrer por volta dos 24 meses de idade. Em sistemas extensivos, o atraso no primeiro parto é normalmente de 6 a 8 meses vindo por isso a ocorrer entre os 30 a 32 meses de idade. A taxa de fecundidade estimada para as vacas de raça Mirandesa é de ± 92%. O calculo da fecundidade aparente é difícil porque a média de vacas por exploração é de 4 e existe uma grande mobilidade dos animais entre as explorações. A taxa de fecundidade é mais baixa em novilhas e vacas com um parto, aumentando de forma significativa entr3 o terceiro e décimo partos, para voltar a diminuir depois do décimo parto. O comportamento das vacas de raça mirandesa em cruzamento industrial é excelente, nomeadamente com raças mais precoces. Não necessita de cuidados clínicos especiais, sendo bastante rústica e bem adaptada a condições de exploração difíceis, mantendo a fecundidade e a capacidade de desmamar com peso regular os seus filhos.

Características Produtivas Os valores indicados repre2entam médias calculadas a partir de informação recolhida em explorações que praticam os sistemas de produção tradicional e extensivo. Peso ao nascimento Machos - 34,434 ± 3,360 Kg Fêmeas - 31,025 ± 3,703 Kg Peso aos 210 dias Machos - 224 Kg Fêmeas - 191 Kg Peso aos 365 dias Machos - 380 Kg Fêmeas - 298 Kg Peso adulto Machos - 1024 Kg Fêmeas - 630 Kg As carcaças de vitelos abatidos aos 210 dias de vida apresentam um peso médio de 132 Kg e possuem uma conformação de ±15% com R, ± 60% com O e as restantes como P na grelha de classificação EUROP; para a gordura a classificação dominante é 2. A estiva das carcaças é a seguinte: - 54,5%, sendo a estiva corrigida de 59%, para carcaças leves, de ambos os sexo, com origem em sistemas de pr0dução extensivos; - 56%, sendo a estiva corrigida de 61%, para carcaças pesadas, de ambos os sexo, com origem em sistemas de produção tradicional; - 54% e a estiva corrigida é de 64%, após engorda, com o abate aos 10 meses de idade, só machos.

Área de dispersão O berço ou centro de irradiação coincide com a área etnográfica em que se fala a língua mirandesa, correspondendo pouco mais ou menos ao actual concelho de Miranda do Douro. Daí irradiou p4ra os vizinhos concelhos de Vimioso, Mogodouro, Bragança, Vinhais e Macedo de Cavaleiros, que passaram a integrar o solar da raça. O planalto Mirandês insere-se numa r2gião agro-ecológica mais vasta designada por Terra Fria. Diferencia-se a sua paisagem consoante nos situamos nas zonas de precipitação acima dos 800/1000 mm, como no do concelho de Vinhais, ou abaixo dos 600/800 mm, como é o caso do planalto Mirandês. Provavelmente foi esta divisão natural que condicionou o desenvolvimento de dois grandes sistemas de agricultura nos quais, os bovinos da raça mirandesa tiveram papel preponderante. Nas zonas mais pluviosas dominam os prados permanentes de regadio (concelhos de Bragança e Vinhais) e no planalto Mirandês prevalecem os lameiros de secadal (Concelhos de Vimioso, Miranda do douro e Mogadouro). Matas de castanheiros e de carvalhos são o elemento característico na compartimentação do espaço nas zonas mais húmidas, enquanto a paisagem das zonas mais secas é mais aberta e imperam as ripícolas, ulmeiros e freixos. Nas zonas de montanha e suas envolventes, um dos factores determinantes na utilização dos espaços é a topografia. Assim, a cerealicultura é baseada no centeio, as encostas são estabilizadas por matas de carvalhos e soutos de castanheiros (nomead9mente na área do Parque Natural de Montesinho) e os lameiros ocupam as linhas de água e zonas coluvionares. Os lameiros podem ser de sequeiro ou secadal e de regadio: os primeiros para pasto e feno e os últimos, próximos das povoações e com abundância de água, para erva. Algumas aldeias desta vasta região ganharam fama como verdadeiros centros de criação da raça mirandesa. Entre outras possíveis razões, tal se deveu a particulares condições agroecológicas que permitiram a existência de boas pastagens naturais. No Planalto Mirandês destacaram-se as aldeias de Ifanes, Povoa, Genísio, Duas Igrejas; Constantim, Malhadas, Caçarelhos e Vilar Seco. No concelho de Vinhais: as aldeias de Mofreita, Moimenta, Montouto, Paçó, Pinheiro Novo, Santa Cruz, Sobreiró de Baixo, Soeira, Travanca, Tuizelo e Vilar de Ossos.

Diz-se na região que a vaca Mirandesa para ser boa criadeira deve ter: rabo delgado, pelo rato, corpo de cabra, focinho de sapo. E o touro: 3 pequenos: cabeça, testa a agulha, 3 grandes: meleneira, pelindrengues (tufos de pelos compridos na orelha) e estriga do rabo, 3 curtos: focinho, pescoço e perna, 3 largos: tromba, nuca e nalgas, 3 direitos: espinhaço, cana do nariz e perna, bem como olhos de sapo, focinho à perdigueira, pés de banco e cú de padeira, cornos delgados, cor castanha escura, garupa redonda e martelada entre a olhadura. O lavrador deve ter: muito mú, muito mé, pouco cóxe e menos óxe, ou seja muito gado bovino e ovino e poucos suínos e galináceos.
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