O Miradouro do Cerrado das Freiras é um miradouro português localizado no Cerrado das Freiras, às Sete Cidades, no concelho de Ponta Delgada, na ilha açoriana de São Miguel.
Este miradouro oferece uma perspectiva panorâmica da lagoa das Sete Cidades, e localiza-se na descida da serra a caminho das Sete Cidades. Deste miradouro obtêm-se uma panorâmica mais próxima sobre a lagoa Azul e terrenos circundantes.
Esta cratera é uma espécie de fosso de grande profundidade, de 12 km de circunferência, completamente fechada em toda a volta. No fundo, espraia-se água onde se reflecte o arvoredo que abunda nas vertentes.
Apresenta este vale uma lagoa principal, maior que as restantes, conhecida por Lagoa Azul, e outra, a sul, conhecida por Lagoa Verde, seguindo-se outras lagoas ou caldeiras menores: a de Santiago, a Rasa e a do Alferes. Junto à margem da lagoa maior, destaca-se uma povoação de casas brancas.
O solo, extremamente poroso, permite o escoamento das águas através das fendas do basalto. Todavia, não sendo suficiente este escoamento, foi construído um túnel que garante a estabilidade do nível da água.
Acesso às Sete Cidades
Posteriormente, e por iniciativa do Dr. José Bettencourt, no sentido de aproveitar as suas propriedades na Caldeira das Sete Cidades, foi estimulada a fixação de trabalhadores no seu interior e encorajada a construção de casas de habitação, facilitando a cedência de terrenos por arrendamento, como também de materiais de construção.
De acordo com o Pe. Lopes da Luz, por volta de 1791, Sete Cidades contava já com seis famílias, apresentando em 1970, 820 habitantes. Pouco tempo após o descobrimento e povoamento da ilha de S. Miguel, era vila somente Vila Franca do Campo, sendo os moradores dos outros locais obrigados a deslocar-se a esta vila. Ora, como em Ponta Delgada residiam homens nobres e poderosos, com grandes fazendas que os capitães da ilha lhes haviam dado, enceta-se um período de rivalidades entre ambas as localidades, descontentes que estavam estes homens, por serem obrigados a ir a Vila Franca.
Assim, após graves atritos entre as duas povoações, Nuno Gonçalves Botelho instituiu o vínculo da Ribeira da Abelheira, em Ponta da Garça, tendo residido primeiro em Vila Franca, e depois em Rosto de Cão. Foi nesta altura que Ponta Delgada se separou de Vila Franca do Campo e o elegeu seu juiz. Deste modo, Ponta Delgada foi vila de 1499 a 1546, sendo elevada a cidade por carta de D. João III, datada de 2 de Abril de 1546.
Por Decreto Lei n.º 40/71, de 18 de Fevereiro do mesmo ano, a povoação de Sete Cidades é elevada à categoria de freguesia, desanexando-se da freguesia de Ginetes, nele constando o seguinte: “(...) Considerando que tanto as freguesias de origem – Ginetes, Mosteiros, Bretanha e Remédios – como aquela que se pretende criar ficarão a dispor de recursos suficientes para ocorrer aos seu encargos (...)”.
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