Em Carvoeiro existiu um mosteiro beneditino, já documentado em 1129, de que nos resta a igreja e a parte residencial construída por meados do século XVIII.
Refira-se que a primeira menção explícita à regra de S. Bento , em território portucalense dados de 959, mas este só começa a ser observada, provavelmente a partir de 1085-1095, com a chegada dos monges de Cluny.
Este templo beneditino foi reformulado em 1704 e no seu interior espaçoso podemos apreciar um grandioso retábulo do altar-mor, em estilo nacional e dessa época. Localizado numa rechã, entre montanhas, onde outrora a pastorícia tinha áreas largas, tudo indica que a criação de gado tem sido a principal fonte de rendimentos. O lugar real, serrano, da Vacaria parece ter sido uma marca simples do mosteiro.
D. Luisa Monteiro, notável de Carvoeiro cedeu à freguesia este mosteiro. Em Braga, encontrar-se elementos provenientes do templo primitivo românico deste Mosteiro. No livro "Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo" encontra-se, na integra, a seguinte informação:
«A primeira referência conhecida a Carvoeiro encontra-se no documento 547 do Liber Fidei, de 1120, no qual é denominada "Carvonario".
Existe documentação abundante dos séculos XII e XIII que referem o conto e mosteiro beneditino de Santa Maria de Carvoeiro, fundado nesta freguesia cerca de 885.
Segundo o Padre António Carvalho da Costa, este antigo convento terá tomado o nome de uma grande cidade que existe no alto de um monte próximo de Carvoeiro, de que fica vestígios.
O seu nome, Carbono, deriva do carvão, que ali se fez.
No catálogo das igrejas da Terra de Aguiar do Neiva, de 1320, o mosteiro foi taxado em 60
libras. Em 1371, porém, foi avaliado em 15 libras e, em 1528, "no mosteiro de Carvoeiro S. Maria" rendia 200 reais.
Segundo Américo Costa Santa Maria Maior de Carvoeiro era curado da apresentação do mosteiro beneditino, tendo passado, mais tarde, a priorado.
O "Bispo D.
Pedro e a organização da diocese de Braga" atribui-lhe como padroeiro Nossa Senhora do O. Não foro administrativo, pertenceu, em 1839, ao concelho de Barcelos, em 1852, ao de Viana e, em 1878, ao julgamento de Vila de Punhe.
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