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Capela da Senhora da Guia Traditional Geocache

Hidden : 10/9/2012
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


Translation
   

Capela da Senhora da Guia

 

 


No primeiro domingo de Agosto que tem lugar a festa mais concorrida de Loriga, em honra de N.ª Sr.ª da Guia.

Terão sido uns cartagenos, ou seja, vendedores da lã de Loriga que empatizaram com a Sr.ª da Guia da foz do rio Ave, em Vila do Conde. Aí mesmo, na finisterra atlântica recebe culto há mais de um milénio, comprovando-o documentação do século XI.
José Régio compartilhava essa empatia, fazendo caminhadas a esse lugar sagrado, como deixou registado na seguinte quadra:

Até Senhora da Guia
Me deixava ir devagar
Até Senhora da Guia
Que entra já dentro do mar

Esses cartagenos trouxeram essa devoção para Loriga, no século XIX, sendo a primitiva capela inaugurada no ano de 1884 no monte Gemuro, provável morro com raízes sagradas de onde se avista a vila de Loriga e o encanto da Serra. A Sra. da Guia faz, assim, uma peculiar ligação entre o mar (Vila do Conde) e a Serra (Loriga).
Nesses tempos já era vasta a emigração para o Brasil, ficando a Sra. da Guia como padroeira dos emigrantes. De tal modo assim é, que os Loriguenses também a festejam em terras brasileiras.
O seu simbolismo está claramente relacionado com a «estrela» que nos «guia» o caminho, nomeadamente quando não é claro que «trajecto» devemos tomar na vida, mormente em situações de crise, ou seja, de mudança.
Assim, como em grande parte das povoações portuguesas, o mês de Agosto é tempo de reencontros, de regresso às origens, de convívio entre os que ficaram e os que partiram. O auge em Loriga acontece na afamada romaria da Sra. da Loriga, devoção que ultrapassa as suas próprias fronteiras.
Nas décadas de cinquenta e sessenta do século XX, na semana a seguir à romaria da Senhora da Guia, realizavam-se as Festas da Vila organizadas pela Sociedade de Defesa e Propaganda de Loriga. Bem alegres e recheadas dos mais variados divertimentos, ainda hoje são lembradas, por muitos, com saudade.
Para final do Verão, depois da sua sementeira em Abril/Maio, o milho era cortado em Setembro, ficando a secar até dias esperados da desfolhada na eira. Tradição bem arreigada no norte e centro de Portugal, narrada com especial encanto por escritores do século XIX como Júlio Dinis. Loriga, que se transfigurou para receber o milho nos seus socalcos prodigiosos, não era excepção.
«A “Desfolhada do milho” ou “Descamisar o milho” como mais popularmente se dizia nos tempos passados em Loriga, era um acontecimento social com as famílias, vizinhos e amigos, a unirem-se em comunidade nesse trabalho agrícola, os rapazes e raparigas encontravam-se, debaixo do olhar atento de todos, lá conseguiam enamorar-se ou então “aproveitar” um pouco para ver a sua amada.
Como caso ainda mais curioso de tempos ainda mais antigos em que era uma verdadeira festa de tradição, porque os jovens participavam nas desfolhadas sempre na esperança de encontrar o milho-rei (espigas avermelhadas) que eram guardadas religiosamente, dado serem raras e constituírem um símbolo de sorte, para darem um beijo ou um abraço à namorada. A desfolhada terminava, como sempre, com uma petiscada de (comes-e-bebes), ao som da concertina e com um baile onde todos os presentes participaram com um misto de alegria e nostalgia.» ( Fonte: loriga.de )
Vale bem a pena sentir este espaço sagrado no terreiro da Capela de Nossa Senhora da Guia, ai perto se encontra a cache. E suster a respiração, pois a paisagem de Loriga entre os seus socalcos e a imponência da montanha, é verdadeiramente inolvidável…

 

 

 


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