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Tou-te a VER!
O Convento que podemos visualizar a partir do miradouro dos conventinhos, é o chamando Convento da Arrábida. Construído na encosta em plena harmonia com a Serra da Arrábida, este é um dos locais mais visitados de toda a Serra. Para a direita, o cenário precipita-se em direcção ao mar, Às praias, à pedra da Anicha e ao Portinho da Arrábida. Este convento foi construído no século XVI e abrange ao longo de 25 hectares, o Convento Velho, situado na parte mais elevada da serra, o Convento Novo, localizado a meia encosta, o Jardim e o Santuário do Bom Jesus.
Este convento foi fundado em 1542 por Frei Martinho de Santa Maria, franciscano castelhano a quem D. João de Lencastre (1501-1571), primeiro duque de Aveiro, cedeu as terras da encosta da serra.
Anterior à construção, existia onde é hoje o Convento Velho, a Ermida da Memória, local de grandes romarias, junto da qual, durante dois anos, viveram, em celas escavadas nas rochas, os primeiros quatro frades arrábidos: Martinho de Santa Maria, Diogo de Lisboa, Francisco Pedraita e São Pedro de Alcântara.
Anteriormente existiu uma cache na parte de cima do Convento Velho, a na parte de baixo junto a umas das Capelas.
Toda a área do convento está vedada por uma cerca, esta foi mandada fazer por D. Jorge de Lencastre, filho do 1º duque de Aveiro, que continuou as obras mandando construir uma cerca para vedar a área do convento. Mais tarde, seu primo D. Álvaro, mandou edificar a hospedaria que lhe servia de alojamento e projectou as guaritas, na crista do monte, que ligam o convento ao sopé da montanha, deixando, no entanto, três por acabar. Por sua vez, D. Ana Manique de Lara, nora de D. Álvaro, mandou construir duas capelas, enquanto o filho de D. Álvaro, D. António de Lencastre, mandou edificar, em 1650, o Santuário do Bom Jesus.
Com a extinção das ordens religiosas em 1834, o convento, as celas e as capelas dispersas pela serrania sofreram enormes estragos causados pelo abandono e muitas pilhagens...
Reza a lenda que existe uma sombra, um guardião que olha por todo o convento e pelas capelas que o rodeiam...muitos afirmam terem visto algo, enquanto passavam pelo local à noite e mesmo de dia, mas não existem provas de ser real. Vários são os relatos que existe, deste guardião, mas o que é certo é que nunca ninguém o viu. Outros enquanto se aventuram pelos trilhos da Arrábida, ouviram uma voz, gritos, muito ao longe, onde a única coisa que se conseguia perceber era, "Tou-te a Ver! eu Tou-te a Ver!"... nunca ficou provado se este mito é real ou não, mas que toda a gente da zona o conhece, lá isso é verdade. Há quem diga que ele proteja a Serra, o convento, ou algum tesouro escondido, onde lá dentro se encontra os poderes mágicos de toda a Serra, ou talvez mesmo, o tesouro mais preciso, que resta do convento... diz-se que quem foi à sua procura, nunca mais voltou, mas o que toda a gente diz, é que o tesouro continua mesmo por lá... escondido... perdido...
Terás coragem de o ir procurar?
Atreves-te a invadir o seu território?
Se ouvires as vozes, não penses duas vez, foge e não olhes para trás, corre o mais que puderes sem parar, pois se parares, ele vai-te apanhar...
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