Oura é uma freguesia portuguesa do concelho de Chaves, com 14,26 km² de área e 602 habitantes (2011). Densidade: 42,2 h/km². A freguesia é constituída por duas aldeias: Oura e Vila Verde de Oura.
O topónimo de Oura tem proveniência no nome de uma senhora daqui natural e que se chamava D. Oura, que casou com um nobre das redondezas, chamado Sallarico.
A 22 km da cidade de Chaves e confrontante com Vidago, a Sul do concelho e no seu limite, precisamente onde a Estrada Nacional 2 abandona o concelho de Chaves para entrar no concelho de Vila Pouca de Aguiar. A freguesia de Oura situa-se numa faixa de território que é conhecido pelo vale da Ribeira de Oura, conhecido também pelas suas férteis terras. A freguesia desenvolve-se ao longo da Ribeira de Oura, estando Vila verde de Oura implantada em plena veiga, ao contrário de Oura, que ocupa terras mais elevadas da freguesia. Ligada que está a uma veiga fértil, a sua principal atividade provém dessa mesma veiga, com toda a sua ruralidade ligada à agricultura, mas também à exploração de madeiras, pecuária e ainda às águas minerais.
É na freguesia de Oura que existem as nascentes de águas minerais de Areal, Fonte Maria e Salus, águas ricas com propriedades mineromedicinais, amplamente conhecidas, às quais se juntam as de Vidago e Campilho.
De realçar também, que a aldeia de Oura, cresceu fisicamente e cresceu bem, em espaço próprio (à margem do núcleo tradicional) em terrenos que foram devidamente loteados e infra estruturados, tendo a EN2 a separar as “duas aldeias”, ou seja, a Oura antiga, com o seu núcleo tradicional e a Oura nova, completamente nova, já no vale de exploração das afamadas águas e na continuação do Parque de Vidago.
Aldeia com interessante casario rural e algum senhorial dos séculos XVIII e XIX, o que demonstra o poderio de algumas famílias desta aldeia nos séculos passados. O casario interessante da aldeia de Oura, está do lado antigo, aquele que se situa ao longo das ruas estreitas, junto à belíssima capela, ou à igreja e que seguindo a rua em direção à veiga, se encontra um dos solares mais bonitos da região. Um solar que foi recuperado e reconstruído recentemente, é conhecido como o Solar dos Azeredos (WP3), antigos e abastados morgados da ilustre família Antas Morais Puga e Magalhães, representada em 1950 pelo Dr. António Firmo Azeredo Antas, senador da República. Esta família, originária do Minho, estendeu-se a Montalegre e depois a Santiago de Oura. O solar estende-se desde a casa dos caseiros à imponente casa solarenga com a capela anexa. Na fachada destaca-se a pedra de armas, que datará da segunda metade do século XVIII, a capela com a imagem de Cristo crucificado, interiormente, no teto subsiste uma pintura de Santo António e na parede um altar de bela talha dourada e, por toda uma estrutura caraterística de um solar, com varandas, salões, alpendres, antigos jardins, bem como por uma outra capela encimada por uma torre sineira, que em muito enriquece a fachada deste magnífico solar.
Também é no conjunto do antigo casario que encontramos a Igreja Matriz de Oura (WP1), de linhas barrocas, com uma torre sineira galaico portuguesa de dois sinos (embora só tenha um), tem por orago São Tiago.
É de referenciar ainda e percorrendo as tais ruas do antigo casario, o ancestral pelourinho em granito, artisticamente trabalhado e encimado por uma imagem de Cristo. Está situado junto à antiga capela da aldeia, a capela da Srª da Piedade ou do Cruzeiro, por sinal bem mais bonita que a Igreja Matriz, e localizada no denominado Largo do Cruzeiro (WP2). De realçar o conjunto escultórico em granito, representando a “pietá”, inserido em nicho na respetiva frontaria.
Nem que fosse só pelo que atrás foi dito, pois há mais, a aldeia de Oura é merecedora de visitas de apreciação, que recomendo a quem gosta do nosso mundo rural e do seu casario tradicional, com alguns belos exemplares senhoriais.
A CACHE
As coordenadas publicadas não vos mostram o local da cache final, mas sim do 1º ponto intermédio. Atentem nos waypoints.
Se possível estacionem o veículo na entrada da aldeia e façam a cache a pé, percorrendo as ruas da aldeia.
Contentor de tamanho pequeno (small), com stashnote, logbook e lápis;
Por favor tenham cuidado no manuseamento da cache e coloquem-na sempre de modo a garantir a sua longevidade (bem camuflada para não ser percetível e com a necessária discrição devido à eventual presença de muggles!).
Obrigado pela visita!
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