Anta do período Neo-Calcolítico. Situa-se a cerca de 20m a W da Foz da Ribeira do Almuro na Ribeira Grande, na margem esquerda desta, trata-se de uma anta com 3 esteios e outro tombado no interior. Do lado Sul existem ainda dois fragmentos de esteio. Do que poderá ser o corredor há um pequeno esteio, do lado Norte in situ, seguido por outro que apenas aflora na terra. Do lado Sul, um pouco fora do local provável (cerca de 2m), surgem aflorando o que parecem ser dois esteios. São todos de granito excepto um pequeno esteio-cunha de xisto entre dois da câmara, como vedante. Na passagem da câmara para o corredor encontra-se uma grande laje com várias covinhas, que poderá ser uma das tampas do mesmo. Há escassos vestígios de túmulos, que se confundem com depósitos fluviais. A quantidade de material à superfície leva a crer que a anta sofreu espoliação - foram recolhidos na eventual área de túmulos, à superfície, a Nordeste-Este da anta, fragmentos de placas de xisto decoradas e não decoradas, recipientes cerâmicos, instrumentos de pedra polida, lâmina, percutores e mós. Será uma das antas escavadas no início do Século XX por W. Carrisso e A. Sardinha (Boaventura, 2001) cujos materiais se encontram no Museu da Figueira da Foz, surgindo uma placa de xisto ilustrada nos Leisner (1959, Taf 8). M. Heleno (1962 e [1947] - AMH) e J. Machado (1964) identificavam esta anta como Juntas da Ribeira, e, J. Silva (1989) como Herdade da Serra.
|