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Percurso pedestre dos Olhos d'agua do Alviela. Traditional Geocache

Hidden : 12/31/2011
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


NASCENTE DO ALVIELA




A nascente dos Olhos de Água do Alviela é uma das mais importantes do nosso país, chegando a debitar 17 mil litros por segundo, ou seja, 1,5 milhões de metros cúbicos de água por dia (pico de cheia). Desde 1880 até bem próximo da actualidade, a nascente do Alviela foi uma das principais fontes de abastecimento de água à cidade de Lisboa (através do Aqueduto do Alviela), e ainda hoje “abre portas” a um dos maiores reservatórios de água doce do país.

A nascente do rio Alviela situa-se na transição entre o Maciço Calcário Estremenho e a Bacia Terciária do Baixo Tejo. A sua bacia de alimentação estende-se ao longo de cerca de 180 km2, onde a água percorre verdadeiros labirintos subterrâneos até chegar à nascente.

O rio Alviela é alimentado durante todo o ano por uma nascente permanente, mas em períodos de maior precipitação a água é também expelida através de nascentes temporárias, nomeadamente por uma saída temporária de extravasamento situada junto à nascente principal (Olhos de Água) e por uma outra situada junto ao Poço Escuro.

Mas nada melhor que uma passagem pelo Centro Ciência Viva do Alviela – CARSOSCÓPIO para compreender a importância da nascente do Alviela e sua envolvente natural, assim como os fenómenos geológicos que estiveram na sua origem.


PR1 - OLHOS DE AGUA DO ALVIELA.





  • Acesso: Estrada que liga Alcanena a Amiais de Baixo (Acesso da A1 na saída de Torres Novas)
  • Ponto de Partida / Ponto de Chegada: Olhos d´Água do Alviela, junto ao edifício da EPAL
  • Extensão : 2 Km
  • Duração : 1 hora
  • Dificuldade : Baixa


Apoios: Parque de Campismo dos Olhos d´Água do Alviela, Restaurante, Café, Centro de Interpretação dos Olhos d´Água do Alviela.



O Percurso Pedestre dos Olhos d´Água do Alviela, é uma das estruturas que integram o Complexo das Nascentes do Alviela.

A nascente dos Olhos de Água do Alviela constitui a mais importante nascente do nosso país e situa-se, tal como outras da região, na orla do Maciço Calcário Estremenho.

A água que brota da nascente é originária da chuva que se precipita e se infiltra no Planalto de Santo António e é conduzida até este local por uma complexa rede de galerias subterrâneas que constituem centenas de grutas existentes na região.

Com uma envolvente de grande beleza paisagística, o Alviela nasce na base de uma escarpa, local conhecido por Olhos de Água, e onde é feito o abastecimento de água para consumo público a Lisboa, desde 1880.

Outro curso de água partilha este local: a Ribeira dos Amiais. Pequeno afluente do Alviela que, ao atravessar calcários no seu percurso, é responsável por um dos mais interessantes fenómenos flúvio-cársicos do nosso país, dando origem a um sistema de perdas e ressurgências em conjunto com o Alviela. Ao deparar-se com um pequeno afloramento calcário, a Ribeira dos Amiais desaparece no interior da rocha através de uma gruta – Perda – construída à custa da erosão provocada pela passagem de água ao longo de milhares de anos, percorrendo actualmente cerca de 250 m de leito subterrâneo.

Caminhando para jusante, encontra-se uma depressão de abatimento – janela cársica – onde, para além de se poder observar, na sua base, o leito subterrâneo da ribeira, são igualmente evidentes antigas galerias há muito abandonadas pela água e que actualmente constituem local de abrigo de importantes colónias de morcegos (por este motivo desaconselha-se a visita às grutas). Seguindo o percurso, desce-se até ao local onde a Ribeira dos Amiais reaparece à luz do dia, constituindo o que é conhecido por Ressurgência.

É neste local, na margem esquerda da ribeira, que podemos observar as águas do Alviela subterrâneo. Esta “saída de nível” da Nascente dos Olhos de Água, caso não estivesse separada por um dique, constituiria simultâneamente uma Perda/ Exsurgência, dependendo da quantidade de chuva precipitada na região.
Normalmente é emissiva em Invernos particularmente pluviosos, dando origem a caudais torrenciais.

Quanto ao dique, a sua construção no início do século XX, foi sugerida pelo hidrogeólogo suiço Ernest Fleury, um dos percursores da espeleologia em Portugal e responsável por um estudo encomendado pela Companhia das Águas de Lisboa, sobre a nascente do Alviela. A Ribeira dos Amiais percorre os restantes 200 m que a separam da foz, por um leito de margens escarpadas que constitui o terço final do canhão flúvio-cársico do mesmo nome.

Este interessante complexo de grutas tem uma envolvente composta por vegetação de características mediterrânicas de que se destaca o sobreiro (Quercus suber), o pinheiro manso (Pinus pinea), o medronheiro (Arbutus unedo), a aroeira (Pistacia lentiscus) entre outras. O hipericão, planta medicinal, é uma das muitas espécies favorecidas pelas características ecológicas diversificadas dos Olhos de Água do Alviela.

Relativamente à fauna, estas grutas assumem um papel importante como locais de abrigo de cerca de 11 espécies de morcegos. Estes são animais muito sensíveis a todo o tipo de perturbação e verdadeiramente importantes do ponto de vista ecológico, dado que fazem um controlo eficaz das populações de insectos (cada animal ingere por noite, cerca de metade do seu próprio peso em insectos), pelo que está interdito o acesso às grutas.





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