Desde os
primórdios da Humanidade, o Homem temeu o poder do ar, da água, da
terra e do fogo. Trovões, chuvas, vendavais, o mistério do fogo e
da fertilidade da terra eram forças inexplicáveis que provinham de
'deuses', de uma força além do alcance do
Homem.
O Homem
integrou-se na Natureza. Precisou de caçar, plantar, procriar. O
sol trazia o calor, os ciclos da lua reflectiam-se na
Mulher.
O Passar do
tempo era regido pelas estações do ano, pela sementeira e pela
colheita.
As anciãs das
tribos tinham o saber dos anos vividos e dos ensinamentos
transmitidos de geração em geração, o conhecimento das ervas e da
cura dos males.
As
“Bruxas” não eram mais que estás anciãs, detentoras do
saber e da crença dos Homens, na natureza, nos ciclos da vida e da
morte, protectoras espirituais das tribos e das
aldeias.
Com a
cristianização o paganismo e os seus símbolos foram marcados como
representações do mal e mais tarde com a perseguição feroz levada a
cabo pela inquisição o culto da natureza
desapareceu…
Na realidade
foi em muitos casos escondido e até camuflado em rituais e festas
cristãs.
As anciãs das
tribos são agora diferentes mas o saber de gerações continua a ser
usado, este facto é mais visível nos meios rurais onde a ligação a
terra é ainda uma presença palpável e onde as mulheres mais idosas
continuam a tratar os “males” com as receitas de outros
tempos, com ingredientes colhidos na natureza.
Quantos de nós
se lembram de uma avó que tinha sempre um chá para tudo e outras
mezinha que curavam todas as maleitas?
Esta serie de
caches pretende mostrar algumas das ferramentas da
“arte” e o seu significado.
A
Vassoura
Outro dos
símbolos masculinos no ritual, as bruxas usavam as vassouras para
limpeza simbólica dos locais onde realizavam o
ritual.
A vassoura era
movimentada sem tocar o solo, e por vezes dançavam enquanto faziam
isto, terá sido devido a este facto que surgiu o mito que as bruxas
voavam montadas em vassouras
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