QUINTA DAS VARANDAS
Esta quinta faz parte do importante conjunto de solares que, ainda no século passado, envolvia a Vila de Alenquer numa cintura de belas casas agrícolas, cheias de actividade e plenas de uma vida social intensa.
Há poucos anos um pavoroso incêndio destruiu a bela residência apalaçada desta quinta. (1)
Hoje, do belo conjunto de outrora restam as ruínas, pouco seguras, da Capela, as enormes adegas e os velhos lagares de vinho e de azeite que a tradição local atribui à época romana.
A CAPELA (que já não existe e provavelmente estava onde hoje está a cabine eléctrica grande)
Há poucos anos, furtivos pesquisadores de tesouros contribuíram para uma maior destruição dos edifícios da Quinta.
A essa fúria não escapou a pequena capela, que muito arruinada, ainda apresenta vestígios de azulejos. No corpo do Templo e meio coberta com os restos do telhado que abateu, está uma laje tumular com a seguinte inscrição:
AQUI JAZ PED / RO DE SOUZA / PEREIRA /
MASC / ARANHAS / BRA / NDAO / E SILUA / M.º
FID.GO DA CAZ / A REAL SNRº DO / S 3osDA VA DA CA/
/LHETA NA ILHA/ DA MADRA PADRº / DO CONVTº
D / A LOURINHÃ / FALECEO / NESTA QTA / A 19 DEZ
/ DE 1767.
Esta quinta em 1824 pertencia a D. Francisca de Nápoles Menezes de Vasconcelos e Sousa, que fez testamento em 23 de Novembro de 1824 e refere nele: os Prazos - de Codorneiros ou Reguengos de Alenquer - do Cardal - da Ximina – da Matinha - das Paredes ou Vila Vedra - do Casal da Ximina - da Retorta - do Outeiro - da Madalena – dos Mogos e dos Favais.
Redigiu o testamento o Dr. José Pedro Moniz de Figueiredo da Quinta do Outeiro, termo de Alenquer.
O BRASÃO
Era quinta brasonada e a velha pedra de armas ainda existe num recanto do pátio.
Tem a seguinte leitura heráldica:
Escudo esquartelado
I -Sousa de Arronches
II -Pereiras
III -Vasconcelos
IV -Silvas
Sobre o todo - Brandão
Tinha coronel que foi roubado recentemente.
(1) Segundo noticia publicada no jornal Damião de Goes de 31 de Janeiro de 1892 o incêndio deu-se no começo da noite de 25 de Janeiro. O fogo começou no palheiro, comunicando-se à casa de habitação. Morreram queimados cinco cavalos e dois burros e arderam trinta moios de cereais e toda a mobília do primeiro andar. A adega e a capela não foram atingidas pelo incêndio. A propriedade, mobília e casa estavam seguras, em seis companhias, por 22.000S000 reis.
A cache é um frasco com cerca de 6cm de diâmetro e 8 de altura.
Contém logbook e material de escrita e um TB para o FTF.
Tem espaço para pequenos objectos. Enrosquem bem a tampa do frasco e voltem a camuflar tubo bem.
Peço-vos para terem cuidado, principalmente se levarem crianças.
Apesar do local estar asfaltado existem várias "armadilhas" por ali.
Não entrem dentro do edifício da quinta, pois encontra-se bastante degradado.
Se puderem espreitem os portões para verem a adega, no lado mais à esquerda do edifício.
Não passem com veículos para além das barreiras de betão, estacionem no local indicado.
Já sabem: cuidado, sigilo, nada de spoilers e acima de tudo: gozem as vistas e divirta-se!
Agradeço ao Filipe Rogeiro pela ajuda dispensada.