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Os Baluartes, sec. XVII (Setúbal) Traditional Geocache

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Albon_: Fim, obrigado pelas visitas.

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Hidden : 6/27/2012
Difficulty:
3 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

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Geocache Description:



Os Baluartes, séc. XVII

 

 

Um baluarte ou bastião - em arquitectura militar - é uma obra defensiva, situada nas esquinas e avançada em relação à estrutura principal de uma fortificação abaluartada.

O baluarte surgiu pela primeira vez na Itália, em fins do século XV, tendo alcançado a sua máxima expressão com o marquês de Vauban, na França, na segunda metade do século XVII. Era utilizado como plataforma de artilharia, para cruzar fogos com os baluartes vizinhos, impedindo o assalto inimigo às cortinas situadas entre eles.

O baluarte tem, normalmente, um formato pentagonal, apresentando duas faces, dois flancos e uma gola (linha pela qual está ligado à estrutura principal). Normalmente, é sustentado por muralhas de alvenaria e preenchido com terra apiloada.

Existem diversos tipos de Baluartes que são os seguintes:

  • Baluarte em tenalha - aquele cujo ângulo flanqueado forma um reentrante;
  • Baluarte truncado - aquele cujo ângulo flanqueado é substituído por um ou dois ângulos reentrantes;
  • Baluarte de orelhões - aquele cujos ângulos retirados e convexos estão cobertos até ao centro por uma extremidade da face conhecida por "orelhão";
  • Baluarte destacado - reduto isolado em forma de baluarte;
  • Baluarte duplo - aquele que possui um baluarte menor no seu interior;
  • Baluarte terraplanado - aquele que, além do terrapleno normal da praça, era ainda cheio no seu interior com outro terrapleno, ficando mais reforçado;
  • Baluarte plano - aquele que tem meias golas em linha reta;
  • Baluarte real - aquele que apresenta dimensões muito elevadas, com vários entrincheiramentos e com capacidade para albergar uma grande guarnição;
  • Baluarte regular - aquele cujas linhas e ângulos correspondentes são iguais entre si;
  • Baluarte simples - aquele cujo terrapleno acompanha as suas faces e flancos, deixando um espaço vazio no centro, que pode ser utilizado para se construir alguma edificação;
  • Baluarte vazio - aquele sem qualquer terrapleno;
  • Meio-baluarte - aquele que apenas tem uma face e um flanco.

A fortificação abaluartada é um estilo de fortificação desenvolvido, inicialmente, na Itália, a partir do final do século XV, para fazer frente ao desenvolvimento da artilharia, já capaz de destruir facilmente as altas muralhas dos antigos castelos medievais.

A fortificação abaluartada é também conhecida por outras designações como "traçado italiano", "fortificação em estrela" ou "fortificação à moderna".

A cidade mais fortificada da Europa é Elvas, Portugal. A cidade de Elvas alberga também o maior conjunto de fortificações abaluartadas do mundo, as quais são candidatas a Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.

Apesar da pólvora e da artilharia serem bastante antigas, só o desenvolvimento da artilharia móvel veio colocar em causa o sistema tradicional de fortificação, baseado em muralhas altas, quase perpendiculares ao solo e relativamente pouco espessas.

A altura das muralhas era apenas limitada pelo custo e pelas possibilidades estruturais, uma vez que quanto mais alta era a muralha mais difícil era, para o assaltante, escalá-la e, para o defensor, dominar visualmente a zona circundante.

Tradicionalmente, tendo-se como referência a História de Itália de Maquiavel, indica-se a expedição de Carlos VIII da França contra o Reino de Nápoles, de 1494 a 1497, como a causa que despoletou as inovações em matéria de fortificações.

Esta relação causa-efeito tem sido discutida e criticada em anos recentes, uma vez que os canhões eram já uma ameaça real, pelo menos desde a década de 1450. Contudo, é inegável que a queda de muitos castelos, de construção tradicional, diante dos Franceses, vai fomentar o desenvolvimento das fortificações à moderna.

A fortificação à moderna iniciou-se, seguindo-se duas práticas diferentes. A primeira consistiu na transformação dos castelos antigos, através do abaixamento e aumento da espessura das suas muralhas, da substituição das torres de planta quadrada ou com esquinas facilmente danificáveis por torres redondas, da criação de terraplanos e acrescentamento de obras de terra aos lados interiores das muralhas. Esta técnica é descrita pelos tratatistas da época como "estrela no círculo velho". A segunda prática seguida consistiu na elaboração de modelos de fortificações completamente novas, partir, já não das condições do terreno e das necessidades internas do lugar, mas sim das linhas de tiro, dos principios da cobertura e do tiro de enfiada.

A modernização das fortificações começou, obviamente, pela adaptação das velhas fortalezas, uma vez que, dado ou seu número e extensão, seria muito custosa a sua substitução completa. No entanto, tornou-se evidente que o contínuo progresso técnico da artilharia obrigaria a um total repensar do traçado das muralhas. Depressa emergiram personalidades de relevo que começaram a teorizar e a construir novos tipos de fortificações, de onde se destacam os italianos irmãos Sangallo - que generalizaram o uso do baluarte pentagonal - e Francesco di Giorgio Martini - que, apesar de ter seguido uma linha de desenvolvimento que os sucessivos progressos tecnológicos demonstraram ineficaz, é considerado o verdadeiro pai da fortificação à moderna, principalmente graças ao número dos seus seguidores e à sua atividade de tratadista.

A principal preocupação dos arquitetos daqueles anos era a da proteção das cortinas (lanço reto de muralha entre duas torres ou entre dois baluartes), o principal alvo da artilharia de sítio que poderia, facilmente abrir uma brecha numa simples muralha direita, por mais robusta que fosse. Uma vez aberta a brecha, o próximo passo seria o de lançar um assalto de infantaria que, por ali, penetraria na fortaleza. Para contrariar esta tática, experimentou-se o chamado "fogo de retaguarda", que seria feito a partir de uma estrutura avançada em relação às cortinas, propositadamente fortalecida e provida de posições para a artilharia que daí poderia atingir a infantaria que tentasse aproximar-se da cortina para tentar um assalto através da brecha.

Muralha Seiscentista, Fortificação Grande de Setúbal ou Muralhas da Restauração, são estas as designações que pode encontrar para a última fortificação terrestre da cidade de Setúbal, construída no século XVII e, ordenada por D. João IV (1641-1696).

Em 1641 foi efectuado um levantamento pelo Engenheiro militar João Gillot, visando a implantação destas fortificações modernas.

Foram projectados doze baluartes e um meio baluarte, designados por baluartes de: Fontainhas (meio baluarte); Nª Sª da Conceição (uma evocação a Nº Sª da Conceição, dentro do qual estão os quartéis do regimento da guarnição da praça, os armazéns das munições de guerra e casa da vedoria); Livramento; S. Braz; S. Francisco, Sto Amaro, Nª Sª da Saúde, Nª Sª Anunciada, Jesus, Nª Sª do Socorro, Stª António, S. João e S. Domingos.

A Fortificação Grande de Setúbal, é claramente uma fortaleza irregular, tem o seu traçado em zonas montanhosas (nascente e poente), bem como em áreas planas, não tendo existido um Plano Prévio de normalização e adaptação ao terreno. Têm somente uma linha defensiva, complementada por baluartes de dimensões e formas irregulares, de raiz geométrica pentagónica.

A fortificação não era totalmente fechada, visto que a zona Norte e Sul da Ribeira do Livramento, não tinha muralhas. Estas zonas são reforçadas, a Norte pelo baluarte da Nª Sª Anunciada e de Jesus, a Sul, belo baluarte do Livramento.

Enquanto que a cintura de Muralhas Medievais retira Setúbal do anonimato, marca a sua emancipação de Palmela e aponta para o comércio internacional, as Muralhas Seiscentistas consagram-na como capital de uma vasta região.

A identidade da Vila salineira foi corporificada nesta edificação, que representa a sua centralidade e importância vital, a maior povoação no conjunto de toda esta região. Espelha pois, uma coesão social e mais ainda: uma identidade local e nacional bem definida.

O Centro Histórico de Setúbal é, de uma maneira geral, definido pela mancha urbana compreendida dentro das duas cinturas de muralhas - as medievais (séc. XIV) e as seiscentistas (séc. XVII).

- Muralha Hornaveque - (existente)

O troço de muralha conservado na Rua Jorge de Sousa pertencia à cintura de muralhas seiscentistas (séc. XVII) da Antiga Vila de Setúbal.

A muralha Hornaveque (obra de fortificação avançada) tinha à sua responsabilidade a defesa do perimetro do Convento de Jesus.

A cintura de muralhas sescentista senglobava a vila propriamente dita e os arrabaldes de Troino e Palhais (a poente e nascente, respectivamente). Era provida de baluartes (Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Livramento, de São Brás, de Santo Amaro, de Nossa Senhora da Saúde, de Nossa Senhora da Anunciada, de Jesus, do Socorro, de Santo António e de São João), de meios baluartes (S. Domingos e Fontainhas) e do Hornaveque do Convento de Jesus.

- Baluarte Nossa Senhora da Conceição - (existente)

Baluarte situado no canto sudeste da Muralha Seiscentista da Antiga Vila de Setúbal onde se situava o antigo Quartel do Regimento de Infantaria 11.

- Baluarte do Livramento - (existente)

Baluarte situado lado sul da Muralha Seiscentista da Antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes).

- Baluarte de São Braz -

Baluarte situado lado sudoeste da Muralha Seiscentista da Antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes).

- Baluarte São Francisco -

Baluarte situado lado sudoeste da Muralha Seiscentista da Antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes).

- Baluarte Santo Amaro - (existente)

Baluarte situado no lado oeste da Muralha Seiscentista da antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes).

- Baluarte Nossa Senhora da Saude - (existente)

Baluarte situado no extremo noroeste da Muralha Seiscentista da antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes).

- Baluarte Nossa Senhora da Anunciada -

Baluarte situado no extremo noroeste da Muralha Seiscentista da antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes).

- Baluarte de Jesus -

Baluarte situado no lado norte da Muralha Seiscentista da antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes).

- Baluarte da Nossa Senhora do Socorro -

Baluarte situado no lado norte da Muralha Seiscentista da antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes).

- Baluarte Santo Antonio - (existente)

Baluarte situado no lado norte da Muralha Seiscentista da antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes).

- Baluarte de Sao João - (existente)

Baluarte situado no extremo nordeste da Muralha Seiscentista da antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes).

- Baluarte de São Domingos - (existente)

Baluarte situado no extremo sudeste da Muralha Seiscentista da antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes), visível no limite sul do Cemitério da Piedade.

 -Baluarte Fontainhas (meio baluarte) -

Baluarte situado no lado sudeste da Muralha Seiscentista da antiga Vila de Setúbal (elemento de defesa situado aos cantos de uma fortificação para a defender de fogos flanqueantes).

 

Cache

Esta encontra-se fora do Baluarte num local que já teve uma outra história que me foi contada pelo meu pai. O local onde se encontra o bar por detrás do muro vedado, já foi em tempos um cemitério.

(cemitério dos ingleses do lado esquerdo com a muralha ao fundo)

Em 1943, a Rua Formosa, frente ao portão do Quartel da GNR na Jaime Cortesão, temos a antiga muralha e tínhamos o cemitério dos ingleses na sua direcção. Neste cemitério foram depositados os corpos de uns ingleses que morreram num acidente de viação em Setúbal, que como é óbvio actualmente já não existe.

 

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Additional Hints (Decrypt)

N 0,30z qb puãb

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)