Como tudo começou
No princípio havia uma casa tipo
moradia, na Rua de Costa Cabral nº.2395 com uma entrada lateral
pela Rua da Areosa e um grande quintal nas traseiras. Tudo o resto,
onde estão construídas as novas urbanizações, eram campos e
pinheiral. As paróquias mais próximas eram Paranhos, Pedrouços e
Antas.
A Congregação dos Padres Missionários
do Coração de Maria, também designados por Padres Claretianos,
tinha uma casa na Rua de Fez, nesta Cidade, onde os seminaristas
recebiam formação de Filosofia durante três anos. "Entretanto os
Professores de Filosofia mudaram para o Cacém", explicou o Pe.
Luís, e resolveram formar uma comunidade religiosa noutra zona da
cidade. Para isso tinham de ter a licença do Bispo da Diocese, que
lembrou fazer um animação pastoral nesta zona da cidade que estava
muito abandonada. Compraram então a referida casa na Rua de Costa
Cabral, no mesmo local onde hoje se encontram.
Em 1967 iniciou o seu trabalho a
primeira equipa sacerdotal desta primeira comunidade que era
constituída pelo Pe. Alberto Rosado Fileno, Superior; Pe. João de
Deus Lisboa, Ecónomo e 1º Conselheiro; Pe. José Gomes, 2º
Conselheiro; Irmão Joaquim da Costa Maia e ainda o Pe. Leitão
Marques, que era o Capelão Militar e residia na comunidade.
Um dos quartos da casa adquirida foi
transformado em capela, como é próprio das comunidades religiosas.
Esta capela estava aberta a quem quisesse entrar. Com o passar do
tempo cada vez vinham mais pessoas e já ficavam no pátio, porque
não cabiam todas dentro.
Perante esta situação pensaram
arranjar uma barraca grande, para as pessoas se sentirem mais
confortáveis. Resolveram o problema numa ida à Torre da Marca para
falar com o Bispo D. Florentino de Andrade e Silva. Viram lá
desmontada uma tômbola que costumava ser usada na Praça da
Liberdade. O Pe. Rosado pediu para a trazer, ao que o Bispo acedeu
prontamente.
Resolveram colocar como telhado um
grande toldo em plástico, já usado, mas mesmo assim, se chovia e
ventava, era uma barulheira, e nos dias de sol era um calor
insuportável. "Num dia de grande ventania", diz o Pe. João, "
estava no meu quarto e da janela podia observar a capela. Qual não
foi o meu espanto, quando vejo uma rajada de vento forte levar o
toldo pelos ares!... Resolvemos então comprar telha de lusalite que
veio da Cruz Quebrada, em Lisboa.”
Foram entretanto passando outros
padres pela comunidade: Pe. Carolino, Pe. Videira, Pe. Belchior, ao
mesmo tempo que se ia constuindo mais um pré-fabricado que passou a
ser Salão de Festas, e depois a Capela (última construção antes da
Igreja), onde predominava a cortiça. o Altar e o Sacrário eram
feitos neste material. Chamavam-lhe a "Catedral de Pau"!
Porque nasce uma Paróquia?
A Igreja tem uma pedagogia pastoral
muito própria, profundamente alicerçada na sua existência milenária
de enraizamento na Comunidade Humana, a partir da qual vai
construindo as Comunidades Cristãs.
As Comunidades Cristãs não são
criadas por Decreto Episcopal. Nas raízes de uma Comunidade
Paroquial vai sempre encontrar-se uma dinâmica de Comunitariedade
que levou grupos de cristãos a aprofundarem e vivenciarem a sua fé.
Quando o Bispo da Diocese toma conhecimento da vitalidade destes
grupos ou pequenas Comunidades, costuma institucionalizá-las, a
título experimental, como Paróquias. Este novo Estatuto, permite a
realização de grandes acontecimentos da fé na própria Comunidade
(sem ter de ir a outras Paróquias vizinhas), tais como: Baptismos,
Casamentos, Catequeses, Comunhões, etc.
Foi exactamente este o processo
utilizado na criação desta Paróquia. Durante vários anos, a
Comunidade Religiosa dos Padres Claretianos fez um trabalho de
animação pastoral que mereceu do Bispo da Diocese todo o apoio e
consagração ao criar a Paróquia Experimental de Nossa Senhora da
Areosa.
Consolidada a Comunidade e construída
a Igreja Paroquial, julgará o Bispo da Diocese a ocasião oportuna
para dar por concluída a fase Experimental e declarar, a título
definitivo, a Paróquia.
O Pároco nomeado nunca tinha sido
Pároco. Muitos dos cristãos que, desde a primeira hora, se
colocaram ao lado da Equipa Sacerdotal na edificação da Comunidade,
fizeram a sua primeira experiência de compromisso cristão ao
serviço da Paróquia.
Se, por um lado, faltava a
experiência do passado da Paróquia, por outro, aparecia altamente
potenciada a criatividade e o cuidado em estruturar uma Comunidade
o mais possível identificada com as Comunidades Cristãs e as suas
exigências e também construída à medida das necessidades das
pessoas.
Tendo em conta que a, Paróquia foi
construída a partir de três Paróquias: Paranhos, Antas e
Pedrouços... fácil se torna concluir que esta Comunidade Paroquial
é muito diversificada. Conhecer o melhor possível a Comunidade, em
todos os domínios: religiosos, social, cultural foi a primeira e
grande preocupação da Equipa Sacerdotal e dos Cristãos que com ela
lançaram os alicerces da actual Paróquia
O primeiro Pároco
A Paróquia Experimental de NOSSA
SENHORA DA AREOSA foi criada por Decreto de 4 de Março de 1979, na
previsão de que o serviço pastoral seria assegurado pelos Padres
Claretianos da Comunidade da Rua de Costa Cabral, nr. 2395, tendo o
Reverendíssimo Superior Provincial proposto o Reverendo Padre JOSÉ
MARTINS MAIA, residente na referida Comunidade, para assumir o
encargo paroquial da referida freguesia.
Datas Históricas Da Nova Igreja
Com a presença de D. António Ferreira
Gomes, Bispo do Porto, lançou-se a 1." Pedra da Igreja Nova no dia
27 de DEZEMBRO de 1981.
No Natal de 1985 foi celebrada a 1."
Missa (Missa do Galo), na Cripta da Nova Igreja. Uma noite
inolvidável, mesmo com sabor a Belém: com frio, chuva, desconforto,
mas... uma alegria imensa no rosto de centenas de cristãos que
disseram: Presente!
A partir daí, a Comunidade foi
tomando uma consciência mais forte da realidade da Igreja Nova. No
Verão de 86 com todas as festas da 1." Comunhão e Profissão de Fé
na Cripta da mesma Igreja foi-se fortalecendo na Comunidade
Paroquial a vontade de poder utilizar os espaços da Nova Igreja o
mais urgentemente possível, uma vez que as actuais instalações são
pequeníssimas e muito desconfortáveis para acolher a multidão de
fiéis que se reúnem ao Domingo para celebrar a Eucaristia.
Um pouco por isto tudo, o Pároco,
depois de ouvidos o Conselho Pastoral, o Conselho Económico e os
vários Grupos Paroquiais propôs ao Sr. Arcebispo o dia 17 de Maio
para a inauguração. A proposta foi aceite. Por isso, neste dia,
haverá festa rija na Comunidade Paroquial que vê assim concretizado
um sonho e se poderá orgulhar de em apenas 8 anos de existência lhe
ter sido possível construir a sua Igreja: uma Casa de Deus
construída pelos homens, como afirmava um jovem na altura em que se
começou a pensar na construção.
UMA EXPLICAÇÃO SOBRE O PROJECTO, NO ASPECTO ARQUITECTÓNICO
A Comunidade apreciará com certeza
saber tudo sobre a opção feita pelos Organismos da Paróquia e pelo
Arquitecto em relação ao projecto de arquitectura. Aqui ficam
algumas ideias - chave para interpretar correctamente o desenho da
Nova Igreja:
1 - Somos um Povo Peregrino,
Itinerante. Temos a consciência de que a nossa Pátria Definitiva
não está aqui na Terra. A Terra é um simples lugar de Passagem.
A nossa Casa de Reunião deve acolher
esta realidade de itinerância, peregrinação. Por isso, o projecto
apresenta forma de uma TENDA. Por isso, a Obra da Igreja está ao
nível da rua e não muito elevada. Somos uma Família. A Igreja de
Deus é Casa, é Vivenda para rezar, meditar, construir Comunidade.
Não queremos uma Igreja - Monumento para visita e admirar... mas
sim uma Igreja - Casa para o Encontro da Família entre si e com
Deus.
2- Para além da simbologia da TENDA,
o projecto apresenta também a simbologia do TRIÂNGULO: TRINDADE: um
Símbolo muito adequado para falar de Deus (Pai, Filho e Espírito
Santo). É a Igreja do Deus Emanuel, Deus próximo de nós;
3- A forma triangular sugere ainda as
MÃOS ERGUIDAS EM ORAÇÃO. Sem se perder o sentido de elevação (a ala
central da Igreja tem um pé direito muito alto!), percebe-se melhor
nesta arquitectura de MÃOS ERGUIDAS o acontecimento da Encarnação e
da Presença de Deus entre nós, convidando-nos a saber partir dos
acontecimentos da Vida (as duas bases onde assenta a Igreja) para
os Acontecimentos de Salvação (o topo mais elevado onde se
encontram as duas bases que sustentam a Igreja, à semelhança das
MÃOS ERGUIDAS).
FICHA TÉCNICA:
Uma obra, por pequena que seja, não
se realiza sem o contributo, o saber , de um profissional ligado ao
ramo. Mas se a obra tem o desenvolvimento desta que agora estamos a
inaugurar, o esforço não será só de um técnico mas então de uma
equipa de profissionais. Foi o que sucedeu e, para além do referido
contributo e saber, os técnicos que nos acompanharam ajudando a
levar a cabo este grandioso empreendimento deram-nos também a sua
melhor boa vontade, traduzida no facto de todos terem realizado as
suas tarefas com dedicação e graciosamente.
PROJECTO DE ARQUITECTURA - ARQ.
ACÁCIO BROCHADO
PROJECTO DE ESTRUTURAS - ENG. CARLOS
BARBOSA
PROJECTO DE ÁGUAS E SANEAMENTO - ENG.
GUILHERME FONTES
PROJECTO DE ELECTRICIDADE E SOM -
ENG. JAIR M. CARAMELO
Fonte: Site da Paróquia
Nª Srª da Areosa
Cache
A cache encontra-se escondida num
pequeno jardim. É um local bastante tranquilo onde pode aproveitar
para descansar. É bastante usado pelas pessoas que moram aqui perto
para passear os seus animais de estimação, pelo que se recomenda
alguma prudência nos sítios onde se põe os pés.
Dado a quantidade de árvores e
prédios no local, o sinal não é o melhor, no entanto achamos que a
dica é suficiente.
Coordenadas finais:
N: 41º.10.(480+A)
W: 008º 35.(349 + B)
Em que:
A |
Número de penas visíveis no anjo do lado
esquerdo. |
B |
Número de penas visíveis do anjo do lado
direito |
(A soma dos números A + B é
par)
Por favor tenham cuidado quer com os
muggles quer com a
cache. |
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