Junta de Freguesia de Ermesinde
Implantada na parte Noroeste do Concelho de Valongo e a
meia dúzia de quilómetros da cidade do Porto, Ermesinde confronta a
Norte com a freguesia de S. Pedro Fins (Maia), a Oeste com a
freguesia de Aguas Santas (Maia), a Este com a freguesia de
Valongo, a Nordeste com a freguesia de Alfena e a sul com a
freguesia de Baguim do Monte (Gondomar).
Atravessada pelo rio Leça (que aqui se vai estirando
preguiçosamente em tranquilo e espraiado curso), e abrangendo uma
área de cerca sete quilómetros quadrados, esta cidade apresenta uma
topografia pouco acidentada, com uma altitude média que ronda os
noventa metros. O seu ponto mais elevado encontra-se no Lugar da
Formiga (com cerca de 140 metros de altitude), ao passo que a cota
mais baixa será atingida nos lugares da Cancela e da
Travagem.
As poucas referências que existem, sobre o seu passado remoto,
dizem-nos que, a antiga freguesia de S. Lourenço de Asmes, passou a
ser oficialmente designada Ermesinde a partir da implantação da
República (1910). Sabe-se que em 1911 a Junta da Paróquia de S.
Lourenço de Asmes, como era então conhecida, presidida por Amadeu
Vilar, requereu ao Governo Provisório que o nome oficial da
povoação fosse Ermezinde.
D. Rodrigo da Cunha, no catalogo dos Bispos do Porto, editado em
1625, referindo-se às igrejas e Ermidas da Diocese diz: “ S.
Lourenço de Asmes, capela de S. Silvestre, 145 habitantes”. O
orago S. Lourenço é de origem remota, aparecendo Asmes por
alterações toponímicas de carácter linguístico, de Azomes (1258),
Azenes (1519) e Açomes (1706). De facto no Foral que D. Manuel I
concedeu à Maia em 19 de Maio de 1519, referindo-se às freguesias
do concelho aparece pela primeira vez o nome Azenes. Segundo um
documento do Século XI, o convento de Águas Santas possuía 17
casais em S. Lourenço de Azomes e vila Gonçalo (Formiga). Nesta
data já existiria não só o lugar de Azomes, mas também o de
Ermezenda.
Nas inquirições de 1258 mandadas fazer por D. Afonso III, há uma
referência a “ um indivíduo de Ermezenda que prestou
esclarecimentos sobre baldios nas terras da Maia, para organizar os
reguengos da Coroa nesta região”.
Etimologicamente o topónimo Ermezinde é de origem Germânica e
significa “caminho íngreme”. Mas há ainda outra
explicação para este nome. Pelo século IX, no ano de 890, aparece
uma D. Ermezenda, filha de D. Gundezindo, donatário desta região e
que fez ao demolido convento dos beneditinos de Rio Tinto,
importantes doações. D. Ermezenda, pertencia ao convento das monjas
de Rio Tinto e seria senhora das terras onde se encontra o lugar de
Ermesinde, a dois quilómetros do lugar onde existiu o convento. O
nome do lugar seria então Terras de D. Ermezenda, e começaria a
povoar-se com os casais dessa senhora.
A construção das vias do caminho de ferro do Douro e do Minho em
1875, escolhendo uma zona praticamente despovoada, para bifurcação
das duas linhas deu à estação o nome do núcleo mais importante da
povoação que nesse tempo era o lugar de Ermesinde. Esta zona
começou então a povoar-se, rapidamente, com o movimento da estação,
tendo o nome de Ermesinde, começado a ser cada vez mais conhecido,
ultrapassando o de S. Lourenço de Asmes, nome verdadeiro da
freguesia.
É difícil determinar quando é que Ermezinde ou S. Lourenço de Asmes
se constituiu em freguesia. No entanto todos os estudos apontam
para que tenha sido depois do Concílio de Trento (1545-1563),
altura em que se criaram os registos paroquiais.
Ermesinde foi elevada à categoria de Vila em 12 de Junho de 1938.
Em 27 de Outubro de 1979, criou-se, o Bairro Administrativo de
Ermesinde, cuja área de intervenção, definida pelo Executivo
Camarário, e alargava também à Freguesia de Alfena. Em 13 de Julho
de 1990, a Assembleia da República, por unanimidade, aprovou a
passagem de Ermesinde a cidade.
Beneficiando de uma privilegiada localização, esta urbe sofreu nos
últimos anos um crescimento e uma evolução notável, em que as
intervenções do Programa Polis em muito ajudaram. Foram efectuadas
melhorias consideráveis em cerca de 30 hectares de núcleo central
da cidade, entre a Igreja Matriz e o antigo Edifício da Repartição
de Ermesinde da Câmara Municipal de Valongo, passando pela área
adjacente à Estação dos Caminho-de-ferro.
A principal motivação desta intervenção centrou-se numa forte
aposta na valorização ambiental, tendo fomentado a criação e
beneficiação de espaços públicos e a recuperação e construção de
raiz de edifícios vitais para o desenvolvimento da cidade,
conduzindo a uma área central mais ampla e convidativa.
Deste modo, perspectivou-se para a cidade e seus habitantes uma
melhoria significativa da qualidade de vida.
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