O Pedrão sofreu em tempos algumas
ocupações por parte de várias povos.
As ocupações que se identificam
melhor, são as Romanas, daí o nome de Castro Romano, e foram
identificadas duas ocupações em tempos distintos, uma durante o
“Romano Médio”, e outra mais tarde durante o
“Romano Final”. Foram encontrados objectos de
cerâmica campaniformes (forma de campana) com sulcos no exterior,
que se julgam ser da 2ª ocupação Romana.
O Castro Romano teve várias
funções, entre as quais preparação e conserva de pescado, pois ali
foi encontrado um concheiro (depósito de conchas), uma outra função
e de extrema importância para os povos da região (Setúbal, Palmela,
Coina e o Castro da Rotura) era a função de vigia, pois o Castro
Romano é um local com uma visão privilegiada sobre a barra do rio
Sado.
O Castro da Rotura é um local
um pouco mais abaixo onde existe uma rotura / falha geológica e
onde também aí houve uma ocupação de Romanos
Nesta época havia muitos locais
povoados por ocupações romanas, nomeadamente Olisipo (Lisboa)
e Eqvabona (Coina) por onde fariam troca de produtos
atravessando o rio Tagus (Tejo), e Cetóbriga (Setúbal) e Achale
(Tróia) através do rio Callipo (Sado). Seguindo os produtos para
Miróbriga (Santiago do Cacem), Ebora (Évora), Salacia (Alcácer do
Sal), Ossonoba (Faro) e para fora do país através de Emerita
(Mérida).
Estes povos bem como os seus
produtos percorriam estas distâncias por infra-estruturas por eles
construídas, as estradas romanas que ainda hoje, um pouco por todo
o país podemos observar com algum estado de
conservação...