Escola de Fuzileiros
À Escola de Fuzileiros (EF) compete, em especial:
Assegurar a execução das acções de formação específicas da classe
de Fuzileiros.
Apoiar com os seus serviços, no âmbito logístico, a Unidade de
Meios de Desembarque (UMD), bem como outras Unidades de Fuzileiros
(UF), quando tal seja determinado.
Garantir a segurança das instalações situadas na sua área, com
meios próprios ou que lhe sejam atribuídos para o
efeito.
Assegurar outras acções de formação que lhe sejam
cometidas.
A EF compreende:
O Conselho Técnico-Pedagógico
A Direcção Técnico-Pedagógica
O Departamento de Pessoal
O Departamento de Material
O Departamento de Apoio
Museu do Fuzileiro
Quando em 1963, a Escola de Fuzileiros (EF) é instalada em Vale do
Zebro, são feitas adaptações e acomodações, para as necessidades do
momento, mormente no edifício principal do complexo que aloja o
museu.
A ideia, e a obra, do Museu dos Fuzileiros, como é conhecido,
foi-se colocando no início da década de oitenta, quando após o
fecho do ciclo ultramarino, uma quantidade significativa de
peças-memória foi oferecida à EF, por
personalidades militares e civis, sobretudo, antigos e actuais
Fuzileiros, e para a preservação e apreciação das quais não havia
espaço adequado.
Após um notável e raro trabalho de restauro de parte do piso térreo
do edifício principal, que pôs «a descoberto os apontamentos [de
alguns] dos antigos fornos de biscoito e as respectivas saídas de
ar», por dedicação e conhecimento de alguns Fuzileiros e apoiado
superiormente, em 1984 foi inaugurada a Sala-Museu do Fuzileiro.
Fazendo uma breve descrição do actual itinerário do museu, que não
intenta dispensar, mas sim aguçar o interesse para uma próxima
visita, diremos que na entrada, se simboliza a história do complexo
e a história dos Fuzileiros, consubstanciadas pela estrutura
arquitectónica da sala e nas figuras expostas que retratam os
primeiros antecessores e os Fuzileiros da época contemporânea mais
significativa.
Ainda neste espaço, complementado por uma das salas, expõem-se
alguns dos bens museológicos alusivos ao fabrico do biscoito, dito,
de mar que, segundo um investigador brasileiro, «são bolachas duras
e salgadas, guardadas em paióis pouco ou nada arejados. Cada
tripulante tem direito a 400 gramas diárias dessa maçaroca assada
nos fornos reais de Palhais e do Vale de Zebro, em Lisboa. Só entre
1505 e 1507, o Zebro fabricaria 300 toneladas de biscoito por ano.
Significa um milhão de rações diárias produzidas apenas para
abastecer a despensa dos navios portugueses. Brincam os
historiadores que estas intragáveis bolachas de farinha, de bolor
fedorento e adoradas pelas baratas, são o motor da história das
navegações».
O interior do museu dá-nos uma imagem singular da sólida traça
pombalina, onde domina o tijolo a cutelo e os tectos se organizam
em abóbadas de "barrete" as centrais e de "berço" as laterais, ao
longo das quais está exposto o acervo que ilustra o historial dos
Fuzileiros.
À saída da Sala-Museu, no exterior,
pode apreciar-se a arcada, em corredor, de cariz, também, pombalino
que se prolonga a todo o piso térreo do edifício mais
representativo do Complexo Real de Vale do Zebro.
Pelo que representa como valor simbólico e afectivo, a Sala Museu
dos Fuzileiros, é o local de visita obrigatória dos Fuzileiros de
ontem e de hoje, e por extensão das famílias e amigos, que
frequentemente se encontram na Escola de Fuzileiros, não só para
recordarem os momentos vividos e manterem, vivas as referências
mas, também pelas condições ambientais impares que o local reúne.
As visitas de, como se diz na gíria militar, "civis" cifram-se
anualmente em cerca de 600, sendo que a maioria
são de escolas e de outras instituições da área educativa,
cultural e ambiental, sobretudo do Concelho do Barreiro e
limítrofes, facto de que muito nos orgulhamos.
Foi, também, por estas razões que se equacionou uma beneficiação e
remodelação dos espaços e do património do museu, cuja primeira
fase terminou em 29 de Julho de 2005 e posteriormente, numa segunda
fase de ampliação, inaugurada no âmbito das Comemorações do Dia do
Corpo e da Escola de Fuzileiros, em 10 Novembro de 2006.
Que a pluralidade de "entradas" e a diversidade de domínios que o
património natural e o historial do espaço conotado com o Complexo
Real de Vale do Zebro, inclusive a Sala Museu do Fuzileiro,
encerram, se constitua um desafio aos investigadores e estudiosos
das diversas áreas do conhecimento potencialmente
representadas.
Fonte: http://fuzileiros.marinha.pt
Visitas por marcação pelo
telefone 212 151 026