Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo
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Difficulty:
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Terrain:
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Size: 
(micro)
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A Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo fica situada no Largo da República e está Classificada com a Categoria de Protecção de Imóvel de Interesse Municipal.
Esta quinta, também conhecida por Quinta da Fidalga, foi mandada construir no segundo quartel do século XVIII por José Ramos da Silva, natural de Silveira, concelho de Penafiel, que emigrou para o Brasil, regressando em 1717. Familiar do Santo Ofício e Cavaleiro da Ordem de Cristo, José Ramos da Silva estabeleceu-se, ao que tudo indica, na zona de Sintra, adquirindo a propriedade correspondente à Quinta em 1726.
O edifício então edificado inscreve-se nas características casas compridas do século XVIII, que integram a capela numa das extremidades, pautando-se por uma grande depuração. A longa fachada é seccionada por pilastras, apresentando um friso de cantaria que acentua as diferenças entre os dois pisos. Os vãos, simétricos e rectos, abrem-se em ambos os andares, sendo que no piso térreo alternam as portas e as janelas de dimensões muito reduzidas, mas o andar nobre, mais valorizado por corresponder aos espaços habitacionais, é marcado pela abertura de janelas de sacada, com remate saliente. O alçado posterior apresenta volumetrias diferenciadas e há a registar ainda a existência de um pátio interior coberto.
A capela, dedicada a Nossa Senhora do Carmo e onde se encontra sepultado José Ramos da Silva, falecido em 1743, tem o primeiro registo da fachada em cantaria, solução que se estende à torre sineira, do lado esquerdo. O portal, de verga recta, é flanqueado por duas janelas e, na torre, abre-se um óculo gradeado. No segundo registo, uma janela alta e outras duas laterais respeitam os eixos dos vãos térreos, terminando o alçado num frontão triangular com um registo de azulejo alusivo à padroeira. Na torre, um segundo óculo e o registo da sineira é novamente em cantaria. No seu interior, merecem especial destaque os tectos em caixotões de cantaria, o altar do lado da Epístola aberto em arco de volta perfeita (já do século XIX), o púlpito, e o retábulo de talha dourada e policromada de meados de Setecentos. A capela foi certamente edificada após a conclusão da casa, remontando a 1731.
A seguir ao 25 de Abril a Quinta foi ocupada com o objectivo de a transformar em Escola Primária e todo o equipamento guardado pela Câmara Municipal que, mais tarde, o devolveu aos proprietários. Mais tarde, os herdeiros optaram pela venda e, actualmente ao que parece encontra-se em estado de abandono.
Da antiga propriedade, conserva-se ainda um lagar de fuso com as respectivas dependências entre as quais se destaca um armazém com arcos de cantaria de volta perfeita, uma cisterna e o tanque de rega.
De modo a garantir a "vida" desta cache recomenda-se extremo cuidado a quem possa estar a ver-vos. Caso não a possam retirar em segurança aceito logs acompanhados de uma foto para mim (e não no log...).
Additional Hints
(Decrypt)
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