Paul do Taipal - Zona de Protecção Especial
Classificado como Zona de Protecção Especial para a Avifauna (ZPE), tendo sido aprovada a sua delimitação pelo Decreto-Lei n.º 384-B/99 de 23 de Setembro.
Zona Húmida de Importância Internacional designada como Sítio Ramsar 2001.
Área: 233 hectares
Concelhos abrangidos: Montemor-o-Velho
Altitude máxima: 25 metros
Coimbra: 25 Km
Figueira da Foz: 14 Km
Montemor-o-Velho: 1 Km
O PAUL DO TAIPAL representa, conjuntamente com os pauis de Arzila e da Madriz, um dos últimos exemplos deste tipo de zona húmida na Região Centro.
A ZONA DE PROTECÇAO ESPECIAL do Paul do Taipal divide-se em duas áreas distintas:
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Zona Paludosa, onde ocorrem espécies como Caniço, Bunho, Tabúas, Juncos, Junças, Salgueiros (preto, branco, etc.), Amieiros, Freixos, Ulmeiros, Choupos (negro e branco), Lentilhas-de-água, Nenúfares, Lírio-amarelo-dos-pântanos, Espadanas, e Erva-pinheirinha;
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Zona Envolvente, constituída, maioritariamente, por uma Zona agrícola ocupada por culturas arvenses de regadio e de sequeiro, e por uma pequena Zona Florestada onde, pela existência de solos calcários, se destaca a presença de espécies características deste meio, como Aroeira, Zambujeiro e Aderno, registando-se também a ocorrência de orquídeas.
Quanto aos valores faunísticos, destacam-se nos peixes, o Barbo, o Góbio (endemismos ibéricos) e o Ruivaco (endemismo lusitano); nos anfíbios, os endemismos ibéricos Tritão-de-ventre-laranja e Rã-de focinho-ponteagudo; nas aves, a Águia-pesqueira, o Papa-ratos e o Maçarico-preto; nos mamíferos salienta-se a lontra.
Fonte: Câmara Municipal de Montemor-o-Velho (www.cm-montemorvelho.pt)
Acessos e espécies a observar:
Como a progressão no espaço do paul é difícil, pela ausência de caminhos e pelo intrincado de valas, este paul possui dois pontos de observação que abarcam toda a sua área e permanentemente disponíveis à utilização pelo público. Para atingir o primeiro ponto, desde Montemor-o-Velho deslocar-se para a Estrada Nacional 111, e na rotunda junto ao Palácio da Justiça, tomar a estrada E579-2 em direcção a Moinho da Mata. Passados 500m, do lado esquerdo é fácil encontrar um miradouro coberto, em madeira, que serve de apoio à observação de aves. Deste ponto consegue-se abarcar a totalidade desta área húmida bem como a secção do vale do Baixo Mondego entre Montemor-o-Velho e as proximidades da Figueira da Foz, mas devido à posição elevada do local a que se encontra do caniçal e das áreas de água livre, somente as espécies de maior porte são observadas com relativa facilidade, como os patos, as garças e as aves de rapina. Deste ponto, podemos tomar uma pequena estrada em terra que nos leva a uma pedreira onde é possível observar uma colónia de peneireiro-vulgar e no inverno ouvir o bufo-real.
Para o segundo ponto de observação, devemos retornar à Estrada Nacional 111 e dirigir-nos para Figueira da Foz. Antes de cruzar o pontão que transpõe a Vala Real, próximo a um painel informativo sobre este paul, devemos tomar um caminho que nos vai levar a uma torre de observação. Deste ponto, acima do caniçal, é possível observar a entrada e saída das aves que escolhem este paul como zona de nidificação ou como dormitório, mas que têm de procurar alimento nos campos agrícolas situados no vale aluvial, como a garça-vermelha, a garça-boieira, o goraz e algumas espécies de passeriformes, como é o caso das andorinhas-das-chaminés, que costumam juntar-se em dormitórios constituídos por milhares de indivíduos. Facilmente também se pode observar a avifauna paludícola que frequenta o caniçal, como o garçote, a felosa-unicolor, o rouxinol-pequeno-dos-caniços e o rouxinol-grande-dos-caniços.
A Cache:
Trata-se de uma cache pequena/micro, que não permite a troca de presentes, mas devido ao seu formato permite a troca de Geocoins. Devem levar algo para escrever. Peço que deixem tudo como encontraram e durante a procura e o Log façam o máximo de silêncio possivél para não perturbar as espécies. Devem estacionar os veículos, junto da Nacional 111, no WP recomendado, apesar de existir um pequeno caminho junto do WP, não devem entrar, pois o seu acesso é condicionado e as coimas para a circulação de veículos motorizados nas áreas protegidas são elevadas.