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Sistemas dunares Traditional Geocache

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Hidden : 7/19/2009
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


Esta cache pretende ser didáctica e fornecer informação sobre o processo de formação das dunas. Tem como finalidade ensinar o que é uma duna, como se forma e os perigos da sua destruição. A informação foi integralmente cedida por um grupo de especialistas da Universidade do Minho nesta área científica (ver www.geira.pt). Recomenda-se a publicação dos mesmos autores: dunares 2002.pdf

As dunas são sistemas temporários que fazem a transição entre o ambiente marinho e o meio terrestre. Caracterizam-se fundamentalmente pela grande mobilidade do substrato, pela existência de um gradiente de salinidade e por diferenças muito marcadas entre a zona frontal, delimitada pelo topo da duna, e as regiões por esta protegidas.

Basicamente, podemos definir o ambiente frontal como húmido salino, em que o risco de enterramento e arrastamento é elevado, enquanto que as zonas situadas para o interior das dunas frontais constituem ambientes basicamente secos e de temperaturas elevadas.

Como ambiente transitório que é, a sua integridade e evolução depende fundamentalmente do transporte de areia pelo vento e pelo mar. Em situações de grande abundância de areia, o sistema aumenta de tamanho, quer na vertical quer horizontalmente, enquanto que situações de carência implicam, quase sempre, a sua degradação. Observa-se então a génese de microformas a que as associações vegetais não são estranhas.

Origem e evoluçao de um sistema dunar

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A evolução de uma praia para um sistema dunar desenvolve-se em várias fases, repartidas no tempo. O processo inicia-se pela colonização da praia alta pela gramínea Elymus farctus, que se estabelece a partir do limite superior do nível de maré alta de águas vivas.

Sujeita a frequentes inundações de água do mar (galgamentos marinhos) é uma zona em que se dão grandes acumulações de detritos orgânicos que favorecem a colonização periódica por parte de plantas anuais como Cakile maritima, que resiste bem à submersão temporária pelo mar, e Salsola kali. Embora temporariamente estas plantas acumulem bastante areia, o seu efeito apenas se faz sentir durante o período de crescimento activo. Após o seu desaparecimento, a areia acumulada é novamente movimentada pelo vento.

O substrato nesta zona apresenta uma grande mobilidade, o que leva a que apenas E. farctus, de crescimento vertical muito rápido aí consiga viver em permanência . Tomando como referência a linha onde surgem as primeiras plantas, é geralmente possível encontrar povoamentos puros desta gramínea numa faixa com 10 a 15 m de largura.

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O estabelecimento desta espécie vai funcionar como obstáculo ao vento que, na passagem, é travado e a sua carga de areia é aí depositada. Forma-se assim gradualmente uma elevação, cujo crescimento em altura vai depender unicamente do desenvolvimento de E farctus e que chega a ultrapassar 1 m de altura. Esta fase pode durar vários anos.

Efeito da presença de E. farctus no crescimento de uma pequena duna:

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Atingida uma certa estabilidade, o que acontece ao fim de 3-4 anos, desenvolvem-se no topo desta pequena duna pequenos povoamentos de Otanthus maritimus e de Calystegia soldanella , que levam ao aumento do seu crescimento vertical. A duna vai continuar a crescer em altura, formando O. maritimus e C. soldanella povoamentos densos e contínuos, sendo então possível distinguir nitidamente duas zonas:

I. Zona frontal, correspondente à vertente virada ao mar, com povoamentos puros de E. farctus;

II. Topo da duna, com uma mancha contínua de O. maritimus e C. soldanella. No meio desta segunda faixa surgem alguns tufos de Ammophila arenaria.

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No seu conjunto, estas duas zonas formam aquilo que se designa por duna embrionária. Este tipo de duna só ocorre em praias onde o fornecimento de areia é constante, em que o mar não se encontra em progressão para o interior. Constitui a primeira defesa activa da costa, uma vez que constitui o início do processo de formação e crescimento dunar. É também a zona mais frágil da duna. Sujeita à influencia constante do mar, quer através do efeito directo das ondas nas marés altas, quer da humidade salgada ou salsugem, quer do perigo de enterramento constante, não é um local fácil para se viver, traduzido no número reduzido de espécies vegetais que aí vive em permanência . Em equilíbrio delicado com as condições do meio, a sua integridade é o garante da estabilidade do sistema dunar que se estende para o interior. É também a zona da duna em que os efeitos do Homem mais se fazem sentir. O pisoteio pelos banhistas, o trânsito de veículos agrícolas e de lazer levam à destruição da vegetação e contribuem para pôr as areias em movimento, eliminando assim o primeiro obstáculo que o mar encontra pela frente.

Os tufos de Ammophila arenaria que surgiram na parte final da duna embrionária vão dar origem a pequenos montículos de areia ou nebkas, que se salientam no perfil suave da praia. Ao abrigo destes montículos vao surgir pequenos povoamentos de outras espécies, como é o caso de Leontodon taraxacoides , Crucianella maritima, e novos pés de A. arenaria.

 

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As nebkas mais afastadas do mar continuam a desenvolver-se em altura e eventualmente acabam por se unir. Forma-se então uma faixa contínua dominada por A. arenaria que inclui um número variado de outras espécies.

 

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Esta faixa corresponde ao cordão dunar frontal, também conhecido por duna branca, e pode estender-se por vários quilómetros ao longo da costa. Além das plantas acima referidas podemos ainda encontrar aqui espécies como Silene littorea, Euphorbia paralias, Eryngium maritimum e Pancratium maritimum .

 

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Para lá do topo da duna frontal, forma-se um ambiente mais seco e abrigado do vento, onde se desenvolve uma comunidade vegetal bastante mais complexa. Esta zona é dominada por Artemisia crithmifolia, que é acompanhada por Helichrysum picardii, Vulpia alopecurus, Corynephorus canescens (L) Beauv., Medicago marina, Malcomia littorea e Anagalis Monelli, mais a Norte e por Sedum sediforme , Iberis procumbens , Corema album e Halimnium halimifolium (L.) Willk. nas regioes a Sul. Caracteriza-se pela maior estabilidade do substrato, o que permite o desenvolvimento de uma comunidade mais complexa, composta por plantas anuais e arbustivas.

 

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Atingindo esta fase, a forma dunar está perfeitamente definida, apresentando a praia um perfil suave. Este perfil corresponde à passagem gradual de um ambiente marinho para um ambiente terrestre, representando as várias manchas vegetais fases de um gradiente nítido. Mantendo-se as condições que levaram à sua origem, este sistema irá evoluir no sentido da estabilização das zonas mais recuadas, com um aumento gradual da diversidade e da biomassa vegetal, caso os factores da dinâmica das águas costeiras não perturbem a evolução (tempestades, subida do nível do mar, défice de areia na alimentação das praias por interrupção da deriva litoral, como por exemplo nas situações criadas pelos esporões ).

Degradaçao de um sistema dunar

Dependente do volume de areias transportado pela deriva litoral para o fornecimento de areia que alimenta o processo de evolução dunar, este sistema é muito sensível a qualquer modificação nos mecanismos de transporte de sedimentos das zonas que lhe são adjacentes. Alterações profundas na dinâmica destes processos levam inevitavelmente a alterações nos sistemas dunares. Da mesma forma, a sua estabilidade está intimamente ligada à conservação do coberto vegetal. A destruição da vegetação, ou a sua ausência, levam a uma movimentação das areias para o interior, sobretudo sob acção do vento e dos galgamentos pelo mar.

 

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Em situações em que se verifica um avanço do mar, o processo inverso ao da formação das dunas irá verificar-se. Em primeiro lugar, irão desaparecer as duas primeiras faixas da duna embrionária. Situadas a uma cota mais baixa, são efectivamente as zonas mais frágeis e que irã o sentir mais depressa as acções destrutivas do jacto da rebentação das ondas. Praias nesta situação apresentam um perfil truncado que da vegetaçãooriginal apenas mantêm alguns tufos de O. maritimus e nebkas isoladas de A. arenaria. Numa fase mais avançada, todo o sistema dunar frontal irá ser atingido, podendo mesmo levar à destruição total da duna mais próxima do mar, começando por nela se modular uma arriba que vai recuando gradualmente.

 

Additional Hints (Decrypt)

CG: An pnivqnqr qr hzn ebpun (aãb pbybdhrz sbgbf qn pnpur c.s.) RA: Va n ebpx ubyr (cyrnfr, qba´g choyvfu pbagnvare cubgbf)

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)