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Auto da Barca do Inferno Volume II [Rio Maior] Traditional Geocache

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touperdido: Homens ofendem por medo ou por ódio.

Maquiavel

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Hidden : 2/28/2009
Difficulty:
2.5 out of 5
Terrain:
4 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


 A data de nascimento de Gil Vicente não é muito certa, no entanto pensa-se que a data mais provável para o seu nascimento tenha sido em 1466, Sabe-se que casou com Branca Bezerra, de quem nasceram Gaspar Vicente (que morreu em 1519) e Belchior Vicente (nascido em 1505). Depois de enviuvar, casou com Melícia Rodrigues de quem teve Paula Vicente (1519-1576), Luís Vicente (que organizou a compilação das suas obras) e Valéria Borges. Presume-se que tenha estudado em Salamanca.

O seu primeiro trabalho conhecido, a peça em sayaguês Auto da Visitação, também conhecido como Monólogo do Vaqueiro, foi representada nos aposentos da rainha D. Maria, consorte de Dom Manuel, para celebrar o nascimento do príncipe (o futuro D. João III) - sendo esta representação considerada como o marco de partida da história do teatro português. Ocorreu isto na noite de 8 de Junho de 1502, com a presença, além do rei e da rainha, de Dona Leonor, viúva de D. João II e D. Beatriz, mãe do rei.

A obra de Gil Vicente transmite uma visão do mundo que se assemelha e se posiciona como uma perspectiva pessoal do Platonismo: existem dois mundos - o Mundo Primeiro, da serenidade e do amor divino, que leva à paz interior, ao sossego e a uma "resplandecente glória", como dá conta sua carta a D. João III; e o Mundo Segundo, aquele que retrata nas suas farsas: um mundo "todo ele falso", cheio de "canseiras", de desordem sem remédio, "sem firmeza certa". Estes dois mundos reflectem-se em temas diversos da sua obra: por um lado, o mundo dos defeitos humanos e das caricaturas, servidos sem grande preocupação de rigor histórico.

Auto da Barca do Inferno

Embora o Auto da Barca do Inferno não integre todos os componentes do processo dramatico, Gil Vicente consegue tornar o Auto numa peça teatral, dar unidade de acção através de um unico espaço e de duas personagens fixas " diabo e anjo".
A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa.

Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens:

- um Fidalgo, D. Anrique;
- um Onzeneiro (homem que vivia de emprestar dinheiro a juros muito elevados naquela época);
- um Sapateiro de nome Joanantão, que parece ser abastado, talvez dono de oficina;
- Joane, um Parvo, tolo, vivia simples e inconscientemente;
- um Frade cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença;
- Brízida Vaz, uma alcoviteira;
- um Judeu usurário chamado Semifará;
- um Corregedor e um Procurador, altos funcionários da Justiça;
- um Enforcado;
- quatro Cavaleiros que morreram a combater pela fé.

Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória (embora este último permaneça toda a acção no cais, numa espécie de Purgatório), todos os outros rumam ao Inferno. O Parvo fica no cais, o que nos transmite a ideia de que era uma pessoa bastante simples e humilde, mas que havia pecado. O principal objectivo pelo qual fica no cais é para animar a cena e ajudar o Anjo a julgar as restantes personagens, é como que uma 2ª voz de Gil Vicente.
A presença ou ausência do Parvo no Purgatório aquando do fim da peça acaba por ser pouco explícita, uma vez que esta acaba com a entrada dos Cavaleiros na barca do Anjo sem que existissem quaisquer outros comentários do Anjo ou do Parvo sobre o seu destino final.

Cache

As coordenadas são da entrada, no entanto devido à vegetação deverá haver um erro de 5 metros. A cache encontra-se à esquerda da entrada, junto ao chão. Não existe acesso definido até à cache, no entanto sugiro deixar o carro no estacionamento recomendado, passar o ribeiro (que dependendo da altura do ano poderá ser passado a pé) e subir a encosta, passar por baixo da ponte e seguir em direcção à cache. Dependendo do acesso utilizado existe uma grande probabilidade de encontrar lixo junto à ponte, se não se sentir confortável com isso é melhor fazer outra cache. Depois de encontrar a cache siga em frente mais 20 metros para ver mais uma interessante formação.

Advertências:

- Em situação alguma tente aceder à cache através da estrada nacional, é perigosa , muito movimentada e não tem bermas
- Com chuva, o terreno fica muito escorregadio e propício a quedas
- Não é necessário saltar vedações
- Leve roupa velha, porque certamente se romperá ou ficará suja
- Leve água e barras energéticas
- Deixe a cache exactamente da mesma forma que a encontrou


Sobre a cache com referência à obra.

"Feito, feito! Bem está! Vai tu muitieramá, e atesa aquele
palanco e despeja aquele banco, pera a gente que virá."

"Vai ou vem! Embarcai prestes! Segundo lá escolhestes,
assi cá vos contentai.
Pois que já a morte passastes, haveis de passar o rio."

"Não se embarca tirania neste batel divinal."

"Não vindes vós de maneira pera entrar neste navio. Essoutro
vai mais vazio: a cadeira entrará e o rabo caberá e todo vosso senhorio.
Ireis lá mais espaçoso, vós e vossa senhoria, cuidando na tirania do pobre
povo queixoso. E porque, de generoso, desprezastes os pequenos, achar-vos-eis
tanto menos quanto mais fostes fumoso."

"Ó barca, como és ardente! Maldito quem em ti vai!"

"Venha a negra prancha cá! Vamos ver este segredo."


Additional Hints (Decrypt)

à rfdhreqn qn ragenqn, whagb nb puãb

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)