Esta cache pretende apresentar as Estruturas Romanas da
Ilha do Pessegueiro
A Ilha do Pessegueiro
Situada a 15 km a Sul de Sines e apenas a 250m da costa, esta
ilha de arenito dunar conserva alguns vestígios da Idade do Ferro,
predominando, no entanto, as estruturas da época romana imperial,
datadas do séc. I ao séc. IV.
Para além de vestígios de habitações e armazéns, são visíveis
diversas fábricas de conservas piscícolas. No séc. IV é edificado
um balneário de pequenas dimensões, que funcionou até finais do
séc. IV ou inícios do séc. V, ainda com parte da estrutura do
hipocausto.
A ocupação humana da ilha deveu-se às boas condições para
fundear embarcações no canal entre a ilha e terra, baseando-se na
pesca, na indústria de conserva desse pescado e sua
comercialização, bem como na exportação do minério proveniente
principalmente da Serra do Cercal e no comércio marítimo, parecendo
ter constituído um importante entreposto comercial, como atesta a
diversidade de origens dos materiais cerâmicos nela
encontrados.
Merecem igualmente referência as ruínas do forte que coroa a
ilha, cuja construção se iniciou em 1588, segundo projecto de
Filipe Terzi, para protecção de um porto artificial que a
administração filipina planeou edificar, unindo a ilha a terra com
um pontão construído com grandes blocos de pedra, de que não restam
vestígios devido à destruição provocada pela força do mar, apenas
ficando a pedreira rasgada na parte norte da ilha, onde ainda são
visíveis alguns blocos não utilizados.
Em terra permanece um outro forte - Forte do Pessegueiro
-, mandado construir por D. Pedro II, no séc. XVII, para defender a
costa de piratas e corsários, sendo Monumento de Interesse Público
desde 1957 (decreto n.º 41191 de 18 de Julho).
O porto e o centro de fabrico de salgas na Ilha do
Pessegueiro
A partir de meados do séc. I DC, a Ilha do Pessegueiro, que
havia dois séculos sem ter utilização, volta a ser ocupada.
Tal como a baía de Sines, é um dos poucos portos naturais do
litoral alentejano. No Verão, para subir a costa, sujeita a
nortada, os Romanos têm de aproveitar todos os apoios.
A ilha - ou o seu trunfo portuário, o estreito canal que a
separa do continente - tem vantagens sobre Sines: não é tão exposta
a sul e tem um melhor acesso ao "hinterland" alentejano (Sines está
limitada pela Serra de Grândola).
A Ilha do Pessegueiro está, nesta primeira fase, ligada a Garvão
(Arandis). Carlos Tavares da Silva e Joaquina Soares justificam o
abandono da ilha em meados do séc. I AC com o declínio da navegação
atlântica, provocada pela instabilidade em Roma.
É, também, o período da febre mineira no interior alentejano -
mas o porto fluvial de Mértola deve ter sido privilegiado na
escoagem do minério. Pela ilha terá saído algum minério de
Aljustrel, mas sobretudo do Cercal (a 7km), onde há uma mina de
ferro-manganês, tendo sido encontrada uma oficina de fundição no
Pessegueiro.
A reocupação da ilha integra-se num movimento de "atlantização"
do sul da Lusitânia: Olisipo (Lisboa) substitui Scallabis
(Santarém); Caetobriga (Setúbal-Tróia) substitui Salacia (Alcácer
do Sal).
Há um aumento da exploração dos recursos marinhos e a Lusitânia
passa a concorrer com a Bética na exportação de peixe salgado.
As salgas da ilha são fundadas no séc. II - o que coincide com o
declínio das de Sines. A partir daí, a função comercial mantém-se,
mas a industrial ganha relevo. A diminuição das marcas de "terra
sigillata" (cerâmica) encontradas indica uma desaceleração das
trocas. O Pessegueiro torna-se satélite de Sines.
No séc. III e primeira metade do séc. IV, a ilha especializa-se
como centro de produção de salgas. Há pesqueiros próximos e o seu
acesso é fácil, sendo a sardinha a principal matéria-prima, mas não
se conhece ao certo que tipo de salga é feito. A pequena unidade
industrial pode ter dependido de uma "villa", onde o produto
industrial complementaria o agrícola.
Toda a informação apresentada foi obtida aqui, aqui, aqui e aqui!
A CACHE
Trata-se de uma ammo box colocada num local totalmente
seguro.
Contém, inicialmente, logbook, stash note, material
de escrita, um mapa de Portugal, duas bolas anti-stress, uma fita
para o pescoço, um pequeno boneco, um Nokia N3600, um Nokia 5200, e
o Edward the 2nd.
PF, sejam discretos ao pegar e repor a cache no local,
assegurando-se de que fica bem escondida.
Existe um waypoint para o porto de Porto Covo,
onde poderão encontrar o Sr. Matias, que vos poderá ajudar a chegar à
ilha, durante o Verão.
Nas imediações do porto existe imenso espaço para estacionamento
onde poderão deixar, em segurança, as viaturas.
Espero proporcionar-vos um agradável passeio e, mais importante,
dar-vos a conhecer este fantástico local histórico.
Não deixem de visitar a outra cache presente na ilha, escondida na zona
norte.
Obrigado!