NRP S.Raphael [Azurara-Vila do Conde]
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Difficulty:
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Terrain:
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Size:  (regular)
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NRP S.RAPHAEL
“OUTUBRO -1911
Sabbado, seis da manhã, tres tiros decanhão despertam a calma população de Villa do Conde.Para quem conhece um pouco as vozes que veem do mar um naufragio era evidente.E só um navio de guerra podia impetrar socorro assim, syllabando a pequenos espaços compassados o significado da sua agonia.Atravez da barra do Ave, rio de suaves paysagens e de poeticos encantamentos,uma grande fita iluminada se estendia, como uma renda aberta,deixando coar uma luz extranha, mais viva e perfurante com a luz electrica.
............Do alto da Azurara, que era o nosso miradouro, àquella hora, o coração atribulado pela grande e formidável voz que pedia socorro, e que é horrível escutar quando não está na força humana esse socorro, descortinava-se agora, quasi limpo, o espantoso espectaculo.
............O vapor callara-se; como que esmagado em face da fatalidade,........em dois ou tres movimentos bruscos, na adiça da mezenna, um pavilhão firmou-se, esticado pelo vento.
Verde e vermelho! Era pois a patria que chorava adentro d´aquelle vapor!
..............Bendita seja a alma portugueza!...encharcadas d´agua, fatigadas da marcha pela areia, fustigadas pela flagellação da ventania, as populações de Villa do Conde e da Póvoa n´uma ancia de virtude, como jamais presenciamos, acudiram precipitadamente à salvação dos aflitos.”
Bendita seja a alma portugueza.
Emygdio D´Oliveira.
em Illustração Villacondense.
"Foi motivo de grande consternação no país a notícia do encalhe do navio, na foz do rio Ave, em frente à Capela de Nossa Senhora da Guia, em Vila do Conde, sob violento temporal. Com a colaboração de vários salva-vidas no local, os marinheiros abandonaram ordeiramente a embarcação, ficando para o fim o Comandante Barbosa Ludovice, que não escondia a mágoa resultante da perda de uma das melhores unidades ao serviço da Marinha. Dos 183 tripulantes lamenta-se a morte do criado de bordo António Maria Dias".
Do acidente do NRP S.RAPHAEL, que originou a perda de um dos mais importantes navios de guerra Portugueses da altura, lamentou-se a morte de um criado de bordo, que fazia parte da sua tripulação de 183 almas. O resgate da tripulação em condições difíceis, deveu-se àabnegação e arrojo das tripulações dos salva-vidas de Leixões e da Póvoa de Varzim, sob as ordens do Patrão Aveiro e Patrão Lagoa, respectivamente.
Construído em França, nos estaleiros Forges et Chantiers de l'Havre, apresentando inicialmente 3 mastros, perdendo mais tarde o mastro do meio, por se provar desnecessário.
Tinha um deslocamento de 1.850 toneladas, 75 metros de comprimento, 10,80 metros de boca e 4,35 metros de pontal. A propulsão era realizada por dois motores de tripla expansão, com 3.000 Bhp de potencia, accionando dois veios e assegurando uma velocidade de serviço na ordem das 15 m/h. Em circunstâncias normais, o navio garantia uma autonomia de 3.500 milhas e foram armados com 2 peças de 150mm (uma à proa, outra à ré), 4 peças de 120mm, 8 peças de 47mm, 3 metralhadoras de 6,5mm e um tubo lança torpedos.
A guarnições eram compostas por cerca de 180 tripulantes, divididos entre Oficiais, Sargentos e Praças, eficientemente preparados para tratar dos serviços que lhes foram confiados.
A cache
A cache está localizada num dos locais onde é possivel visualizar o local onde ocorreu o naufrágio.
Ao procurar a cache, tente viajar no tempo e estar naquela manhã de Outobro de 1911, com a agitação e aflição deste trágico acontecimento!
Procure ser discreto, o local é frequentado por pescadores além de ser exposto!
Additional Hints
(Decrypt)
qronvkb qn ebpun pbz hz iregvpr trbqrfvpb