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Moínho das Travessas [Cinfães] Traditional Geocache

Hidden : 7/2/2008
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:

Esta cache leva-te a conhecer o Moínho das Travessas, recuperado pela Junta de Freguesia de Tendais, concelho de Cinfães.

Um pequeno local que permite conhecer o Moínho enquanto se disfruta de uma merenda.


GeoPT.org - Geocaching Portugal

Moinhos de água:

"Os moinhos não são apenas um dos mais pitorescos adornos da paisagem. Eles representam também, com a sua engrenagem de moenda ao mesmo tempo muito singela e muito elaborada, a forma mais evoluída de um sistema primitivo de trituração dos grãos de cereal entre duas pedras (...) ao qual se adaptou mais tarde um engenho motor, que substituiu a força do braço pela acção das correntes de água ou do vento"

Os moinhos de água foram introduzidos no actual território português pelos romanos como provam os vestígios materiais encontrados. Difundiram-se em larga escala, nos séculos seguintes, por influência dos «senhores» quer laicos quer religiosos. Este investimento senhorial em moinhos hidráulicos está associado por um lado à emancipação e êxodo dos camponeses e por outro ao movimento das arroteias, ou seja à expansão das áreas agrícolas. Em Portugal encontram-se dois tipos de moinhos de água, os de roda horizontal ou rodízio, denominados de azenhas do árabe acenia. De roda horizontal são também os moinhos de maré, menos frequentes no espaço português.

 

Memória descritiva do moinho das travessas (situa-se na margem esquerda do troço inferior do ribeiro da Granja):

1. Recolha de água:

"O princípio fundamental dos moinhos de água repousa no declive da água que os acciona", ou seja, torna-se necessário criar um desnível que permita à força da água accionar o moinho. Neste caso a água é recolhida no ribeiro, através de um açude tosco e oblíquo, e conduzida através de uma levada, talhada na margem esquerda do ribeiro, de 29 metros até ao talho que dá para o aqueduto do moinho; em alguns troços assenta sobre socalcos.

2. O Cubo

O cubo é constituído por 10 anéis de pedra (cubos), incluindo a seteira, de dimensões irregulares, argamassados por cimento e saibro. Escavados por dentro formam um cilindro de 30 cm de diâmetro. O cubo ou cale tem um comprimento de cerca de 4 metros e uma inclinação de 66%. O último anel ou cubo de pedra é a seteira e situa-se já no interior do inferno. A saída da água (o esguicho) faz-se pela seteira (corte vertical na base do último anel) e é regulável por meio de uma cunha de madeira. A água é pressionada pelo declive e altura do cubo bate nas pernas do rodízio, fazendo-o girar.

3. Instalação do moinho

O moinho é uma instalação de dois pisos que acompanha o declive do terreno, paralelo ao ribeiro segundo a direcção norte/sul. O beirado da fachada poente fica quase ao nível da encosta. As paredes são rudimentares de pedra tal como as primitivas construções dos séculos XVII e XVIII, o telhado é de duas águas, originariamente coberto de colmo, mas de telha a partir das obras de meados do séc.XX. Tem duas aberturas: uma minúscula janela, na fachada nascente e a porta de madeira na fachada norte. Do lado esquerdo da porta há o poiso dos sacos, coberto pelo prolongamento da armação. O acesso antigo ao moinho é, na parte final, um carreiro declivoso por propriedades particulares, terminando num conjunto de degraus talhados irregularmente no solo, que dão acesso à porta do moinho.

4. O piso inferior, o cabouco ou o inferno

O acesso ao piso inferior faz-se pela frente do moinho, fachada norte. Contém:

- o Urreiro - também conhecido como arrieiro, é uma travessa de madeira, assente numa das extremidades e presa e suspensa pela agulha na outra extremidade, sensivelmente a meio está embutida a rela;

- a Rela - é uma pedra côncava onde assenta e roda o aguilhão;

- o Aguilhão - é um seixo inserido no ponto de encaixe do rodízio com a pela e que rodopia na rela;

- o Rodízio - é uma espécie de roda fixa na pela, horizontal ao solo, com cerca de 1,2 m de diâmetro, constituída por 26 penas encaixadas radialmente nas margaridas (orifícios feitos na pela);

- a Pela - também conhecida como pelão, é um toro de madeira vertical ao rodízio, 1,15 m de altura, na extremidade superior encaixa o lobete;

- o Lobete - é uma peça em forma de cone, que prolonga a pela e á regulável através de duas cunhas de madeira, na sua extremidade superior encaixa o veio;

- o Veio - é uma peça de metal que faz a ligação entre o lobete e a segurelha;

- a Segurelha - encaixa na base da mó de cima ou andadeira;

- a Agulha - peça ou tábua presa numa das extremidades ao urreiro e com a outra extremidade regulável no piso superior, permitindo, assim, descer ou subir o moinho, ou seja a mó de cima ou andadeira, conforme se deseja o cereal mais ou menos moído. Assim através da segurelha o veio transmite à andadeira ou mó de cima o movimento rotativo do rodízio, provocado pela pressão da água que sai da seteira - o esguicho.

5. O piso superior do moinho

         O piso superior é constituído por:

- Tremonhado - espaço onde cai a farinha;

- Mós - a superior é a mó de cima, a inferior é a mó de baixo ou a dormente; a distância entre elas, ou seja, a qualidade da moagem é regulada pela agulha que através do urreiro, da pela, lobete, veio e segurelha aproxima ou afasta as duas mós;

- Cambais - estrutura de madeira e/ou pedra de protecção das mós e do tremonhado;

- Dorneia - também designada de moega, espécie de pirâmide invertida de madeira, suspensa sobre as mós, onde se deposita o cereal que se deseja moer, este desliza do vértice da dorneira para a quelha e da quelha                    para o olho da mó andadeira ao ritmo regular do chamadoiro;

- Quelha - peça que recebe o cereal da dorneira e o faz deslizar de forma regular em direcção ao olho da mó de cima devido a uma ligeira inclinação e ao ritmo do chamadoiro;

- Chamadoiro - peça em forma de cruz egípcia, com as extremidades dos braços horizontais apoiados nos cambais e na quelha e a extremidade inferior do braço vertical apoiado na mó de cima, o movimento deste transmite-se através do chamadoiro à quelha e impulsiona o cereal a um ritmo regular em direcção ao olho ou orifício da mó de cima, sendo depois triturado ou moído pelo atrito gerado entre as duas mós;

-Telhedoiro - dispositivo manual de paragem do moinho, accionado a partir da parte superior do moinho; consta de um arame, ligado à extremidade de uma tábua, que quando se solta, a tábua baixa e desvia a água do rodízio, interrompendo o movimento rotativo da mó de cima;

- Engenho - dispositivo automático de paragem do moinho, consta de uma pequena peça piramidal ligada por um cordel ao arame do Telhedoiro, que se coloca no fundo da dorneira antes de despejar lá dentro o cereal, quando o cereal está todo (quase todo) moído a peça liberta-se e a tábua reguladora da água desce e o moinho pára.

- Regulador/Tabelador - dispositivo que regula ou tabela a inclinação da quelha e a quantidade de cereal por unidade de tempo que cai para ser moído.

- Zorra e Rolo - peças de apoio à descida da mó superior quando era necessário picá-las.

Additional Hints (Decrypt)

Cubgb Fcbvyre. Jnyy-Zheb

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)