Sendo Miranda do Douro uma cidade fronteiriça era um local privilegiado nas investidas espanholas. Diversas vezes o castelo foi atacado e as suas muralhas algo destruídas, no entanto, foi no decorrer da Guerra dos Sete Anos que a grande catástrofe abalou a população Mirandesa.
No contexto da Guerra dos Sete Anos, na campanha de 1762, a província de Trás-os-Montes foi invadida e saqueada pelas tropas espanholas sob o comando do marquês de Sarria. Mais uma vez a cidade foi vítima de um cerco por parte de Espanha, como tantas vezes se tinha verificado em guerras anteriores. Tal como das outras vezes, a população de Miranda resistiu corajosamente aos espanhóis, mais fortes e em maior número. No entanto, a destruição veio da própria cidade, no dia 8 de Maio de 1762, um dos paióis, que continha, pensa-se, à volta de 1.500 arrobas de pólvora, explodiu, devastando o castelo, causando extensos danos ao casario e às muralhas, vitimando cerca de 400 pessoas.
Foi apenas este acontecimento que fez com que a cidade cedesse às tropas espanholas. Embora nunca se tenha encontrado um responsável oficial pelo sucedido, a opinião popular acusou o Governador Militar da praça de traição, havendo quem afirmasse ter visto o Governador juntar-se ao inimigo aquando da tragédia.
A cidade veio a ser recuperada pelas tropas portuguesas, sob o comando do conde de Lippe, no ano seguinte, vindo a paz a ser assinada em 10 de Novembro de 1763. Cerca de meio século mais tarde, a cidade entraria em prontidão uma vez mais, desta vez no contexto da Guerra Peninsular, alvo das tropas napoleónicas.
Em meados do século XX as ruínas do castelo foram classificadas como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 20 de Outubro de 1955.
Para breve a tradução para inglês e mirandês
** ATENçÃO **
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