Marachão
Esta cache levanos a conhecer o Marachão de Rio Tinto, Esposende:
No Marachão, um dos locais mais aprezíveis do conselho de Esposende, para além de uma excelente praia fluvial, podemos apreciar um antigo meandro do Cávado onde proliferam os narcisos e os nenúfares. È no dizer de Vilas Boas, “…um local pitoresco construído por terrenos de aluvião, frequentemente inundáveis nos Invernos.
Este Marachão, conhecido antigamente por “Marachão do Abade” toma este nome pois foi presença de D. Jerónimo José da Costa Rebelo, natural de Braga mas Abade de Fonte Boa em 1809.
Foi D. Maria I quem, através do Alvará de 20 de Fevereiro de 1795, aprovou o estudo e plano de encanamento e navegação de Rio Cavado. Era, segundo os documentos da época, “…uma obra do real agrado a que estava em causa, uma vez que dela resultariam melhoramento para a agricultura…” Existe um interessante levantamento topográfico da obra a realizar onde esta bem nítido o conhecimento Marachão de Rio Tinto.
Para a realização das obras do plano de encanamento do Cávado, previa-se que fossem demolidas inúmeras azenhas que se localizavam na margem do rio Cávado, o que desde logo, causou alguma reacção por parte dos seus proprietário.
Segundo Eng. Custodio vilas Boas, o limite da marés ia até Rio Tinto e haveria necessidade em eliminar um grande meandro que o rio fazia nos limites desta freguesia. E nesse sentido que construído um grande “marachão” que, na altura, se previa que fosse feito de terra, ficando pelo lado de fora o meandro ao qual se passou a chamar “Rio Velho”.
No “Regulamento da Fazenda e economia por que sua majestade é servida ao Encanamento Rio Cávado no seu Artigo XXV, refere que “…a primeira obra, para o mencionado encanamento, será cortar a volta, que o rio Cávado faz em Rio Tinto, na embocadura do regato, abrindo-se um novo Álveo ao rio que nos matos e nas terras da freguesia de Gemeses, e encanado o mesmo regato, afim que as suas águas confluam com as do rio em um ângulo agudo, quando permitir o terreno. O que não só convêm para a navegação, mas também ira produzir o melhoramento da agricultura de Lagoa de Rio Tinto”.
Segundo os estudos efectuados, e se a obra do Encanamento do Rio Cávado não tivesse parado, estava previsto, a construção, em Rio Tinto, de uma eclusa “… necessidade para efectuar a navegação”. Curiosamente esta eclusa é descrita como se fosse “…uma muralha forte para durar…” e, “…em uma das extremidades se formarão as portas para a passagem dos barco, e na extremidade oposta se devem edificar as azenhas…”
Em 1795 era considerado prioritário “…o dessecamento das lagoas de Rio Tinto, Barqueiros, Gemeses e Fonte Boa” e para que isso fosse possível, apontou-se como solução o encanamento do rio desde Rio Tinto até a Foz do Rio Cávado, em Esposende. Estas lagoas, nomeadamente a de Rio Tinto, enchiam-se enchiam-se sempre que as águas transbordavam do leito “…com detrimento da cultura e da saúde dos povos”.
A Cache:
A cache é uma caixa de tamanho regular embrulhada num saco preto. É fundamental colocar a cache no estado original (completamente tapada) para garantir a sua longevidade.