Historia:
"Em direcção à costa litoral,
encontramos a Praia do Pedrógão, banhada pelo Oceano Atlântico, com
um nome adquirido por ter junto ao mar grandes rochas escalvadas.
Única estância balnear do Concelho de Leiria, foram recentemente
descobertos vestígios que revelam ter sido aquela zona ocupada
desde a pré-história.
Em 1385
dois lavradores abastados de Coimbrão, José Gaspar e José Duarte
Ferreira, resolveram montar uma ‘companha’ de pesca do arrasto
(conhecida com ‘arte xávega’, que utiliza barcos a remos, estreitos
e em forma de meia lua, especialmente adaptados ao mar ondulado
característico daquela costa) num extenso areal, iniciando a
exploração industrial da sardinha. Não existiam nem casas, nem
ruas... nada. Só pedras e dunas. Para movimentar o barco,
procuraram 40 homens nas praias mais a Norte. Esses pescadores
fixaram-se e fizeram as suas barracas de madeira muito
rudimentares. Foram esses os primeiros habitantes do Pedrógão dos
tempos modernos. Era uma gente pobre, um estatuto que poucas
alterações sofreu ao longo de muitas décadas e que só a emigração
do princípio dos anos 60 veio alterar.
Com o
passar dos séculos, as companhas sucederam-se e, no início do
século, aquela praia chegou a ser uma das maiores abastecedoras de
peixe da região.
Com as
modernas e inovadoras técnicas de pesca e as agressivas e eficazes
formas de distribuição comercial do pescado, a pesca na Praia do
Pedrógão perdeu definitivamente a sua importância industrial e
comercial. Actualmente a ‘arte xávega’ tem uma importância residual
na economia dos habitantes da povoação e constitui uma das maiores
atracções turísticas.
Após o 25
de Abril de 1974, e com a melhoria das condições de vida da
generalidade da população – e o consequente maior acesso a alguns
bens –, a praia viu substancialmente aumentado o número dos seus
frequentadores, oferecendo hoje uma série de infra-estruturas de
apoio que possibilitam um melhor usufruto do seu areal e do
mar.
Mais
recentemente ainda, recebeu o galardão “Praia acessível”, resultado
dos investimentos realizados pela autarquia no âmbito do acesso à
praia por pessoas portadoras com mobilidade reduzida. Encontram-se,
assim, disponíveis um tiralô (pequeno veículo não motorizado, para
facilidade de mobilidade de pessoas com deficiência motora ou
paralisia cerebral), e sinalética em braille para indicação de
instalações sanitárias e balneários, a cegos e
amblíopes.
Vale ainda a pena
referir a existência de um Parque de Campismo dotado de todas as
infra-estruturas necessárias e de um ‘Centro azul’, estrutura onde
se prestam informações e se realizam acções de educação ambiental,
especialmente vocacionado para a temática do
litoral."
In:
http://www.cm-leiria.pt/
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