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Xôôô Vaca! - TP36 [Vilar de Mouros] Traditional Geocache

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touperdido: Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
Fernando Pessoa

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Hidden : 6/11/2007
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
3 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:


História de Vilar de Mouros

A freguesia de Vilar de Mouros, delimitada pelos montes de Góios, Pena, Gávea e Crasto, corresponde ao braço norte do cotovelo com que termina a bacia do Rio Coura. Situada na convergência geológica dum granito hercínico de grão médio com xisto silúrico luzente com cristais de andaluzite e percorrido por filões aplitopegmatíticos, foi a estas condições geográficas e geológicas que em grande parte ficou a dever a seu destino histórico.

Povoada desde remotos tempos, aqui se encontraram vestígios pelo menos desde a Época do Bronze. Mas foram os Romanos que lhe conferiram personalidade própria. Depois de terem romanizado o Castro de Vilar de Mouros, donde divergiu o povoamento para as bacias do Minho e do Coura, estabeleceram-se nas zonas baixas desta localidade. Deles nos ficou, além de cerâmica exumada no castro, o testemunho dos topónimos “Crasto (povoado fortificado)”, “Agrelo (pequena zona de campo)” e “Chelo (pequeno plaino)”. Aqui teriam sido exploradas as riquezas mineiras em estanho e ouro fornecidas pelo subsolo. Mas pré-romanos, a atestar um povoamento que os Romanos apenas aculturaram, são os topónimos “Barze (várzea)” e “Ranha (declive)”.

Os povos que foram objecto desta romanização foram os Seurbi, subordinados à “ciuitas Tude”, em cujo território se formaram, nos tempos suevos, vários “paroeciae”, entre os quais o simples “pagus” de Cártase (já na actual freguesia de Mentrestido). A ocupação romana seria, apesar de tudo, tão fruste quanto o foi a cristianização, em função do medo do mar, povoado de monstros e sorvedouro de homens, que do reino de Neptuno se engolfavam directamente no de Plutão.

Mas as condições excepcionais do lugar, abrigado e diversificadamente rico, aqui fixaram, a partir do século VIII, um núcleo de Mouros, que constituíram mesmo uma aldeia (“vilar”). Quando, no século IX, Paio Bermudes procedeu à Reconquista da região entre Minho e Lima, conquistou este vilar, incorporou parte dele nos seus bens como terra de inimigos e santificou o lugar com a erecção duma igreja em honra da mártir hispânica Santa Eulália, juntamente com outras que a documentação menciona e que se supõe possam ter sido as de S. Sebastião e de Nossa Senhora do Crasto, onde me pareceu ter visto um silhar almofadado.

Entretanto, as incursões normandas (que chegaram a saquear Tui) mais uma vez fizeram refluir a população para o interior, vindo Vilar de Mouros a beneficiar da conjugação da sua (relativa) interioridade com o afluxo das marés: aqui se instalaram salinas (no lugar hoje denominado das Marinhas), que abasteceram a população local e das imediações. Foi com estas convulsões que Vilar de Mouros tergiversou da herança de Paio Bermudes, mas foi com elas também que enriqueceu, vindo à posse do rei, como terra auto-suficiente com minas, monte, souto, vinho, pão, gado e sal, na economia autárcita que na Idade Média dominou. Foi nestas condições que Vilar de Mouros, já com os limites actuais, constituiu um couto de per si, que o rei Garcia doou em 1071 ao bispo de Tui e em cuja posse se manteve até ao fim da Idade Média.

Foi então que Vilar de Mouros parece ter sido desafectada da mitra tudense e gerida por senhores laicos, ao ponto de, nos finais do século XVI, aparecer como mera capela, não constando sequer do censual de D. Diogo de Sousa, e aparecendo arrendada no de D. Frei Baltasar Limpo. Nestas circunstâncias , os senhores laicos, para valorizar a terra, construíram a ponte, gótica, à imitação das de Ponte de Lima e Ponte da Barca. Mas também foi D. Frei Baltasar Limpo que fez restaurar a igreja paroquial. No século XVII, definidas as esferas de acção, a igreja é ampliada em 1678, já depois de constituído o morgadio da Barze na pessoa de Miguel Andrade da Gama em 1621, que se alargou aos Amorins galegos, quando para aqui casou D. António Maurício de Sousa Amorim, que construiu a actual casa, que ostenta os seu brasão.

A emigração para o Brasil trouxe novas fontes de rendimento, que deixaram marcas na remodelação da igreja paroquial, que recebeu nova talha e uma fachada rococó. Este período senhorial e de intensa devoção barroca, ficou assinalado na freguesia com novas capelas, de que se destaca a Igreja Nova (do Senhor dos Passos / barroca), a de Nossa Senhora da Lapa (recocó, na Quinta Ranhada), e a do Encontro, numa “via sacra” a que não faltam os nichos dos “passos” nem o púlpito de pedra para o sermão.

Em 1855, ao encerrar a Fábrica de Viana, alguns dos seus operários vieram para Vilar de Mouros, onde fundaram uma fábrica no lugar de Além da Ponte, a trabalhar para o mercado galego que absorvera a produção da Fábrica do Ruas de Caminha, extinta por um incêndio no ano anterior. Como ela, usava barros provenientes da Figueira da Foz e locais de Vilar de Mouros. A areia para o vidro era moída nos moinhos do Viso, propriedade da Quinta da Barze. No nosso século, a riqueza mineira de Vilar de Mouros entrou na corrida ao volfrâmio e hoje fornece xisto para a alvenaria e granito para cunhais e aros de portas e janelas, com que se estão construindo algumas das mais belas vivendas rurais do nosso tempo e da nossa região.
Alberto A. Abreu - Historiador Regional. Informação retirada de: (visit link)

Locais de Interesse

Ponte Românica
Igreja paroquial
Capela de Santa Luzia
Capela de Monte do Crasto
Cruzeiro do séuclo XVII
Azenhas sobre o rio Coura

O Festival: Vilar de Mouros

A primeira edição do Festival de Vilar de Mouros remonta ao ano de 1971 e 36 anos depois este é já considerado um festival mítico. Ao longo do seu percurso, Vilar de Mouros brindou todos os visitantes com grandes nomes internacionais e nacionais, tendo ganho vários adeptos que todos os anos se deslocam ao Alto Minho para mais uma edição do certame, que este ano decorrerá de 20 a 22 de Julho.

Localização

Vindos do Sul a opção mais directa é apanharem o Ic1 que termina precisamente em Vilar de Mouros.

Cache

POR FAVOR não façam esta cache na altura do festival (20 a 22 de Julho), pois os Muggles vão estar em todo o lado. Como existem casas perto do local da cache sejam DISCRETOS na procura. No sentido de disfrutarem ao máximo do local, sugiro deixarem o carro no Wp assinalado e seguirem num passeio pedonal junto ao rio. No VERÃO é possível passar o rio para o outro lado, por cima duma represa (ATENÇÃO QUE O PISO PODE ESTAR ESCORREGADIO), no INVERNO o rio tem maior caudal e por isso o melhor é fazerem a volta pelo lado oposto, mas sempre junto ao rio.

Outras considerações

Por coincidência encontrei-me com os amigos Mr.Tupper&MissWare, enquanto passeava em Vilar de Mouros. Numa pequena volta para conhecer melhor o local, encontrámos locais espectaculares que merecem uma visita, para além daqueles locais que toda a gente conhece como a ponte românica. Acreditem! Vilar de Mouros tem muito que ver! Estive no festival em 2003 e adorei! Recomendo vivamente!

Additional Hints (Decrypt)

qrcbvf qr ragene à qvervgn

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)